Hoje vamos falar sobre uma das infecções mais comuns. A infecção urinária. Quais as causas, os tipos, os sintomas, como tratar e ainda como prevenir. Acompanhe tudo até o final que o Cliquefarma preparou para você!
O que é Infecção urinária?
Trata-se de uma doença infecciosa que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, ureteres, bexiga e uretra, sendo mais comum nos dois últimos. É também conhecida como Infecção do Trato Urinário (ITU) e os sintomas normalmente incluem ardência ao urinar e incontinência urinária.
Cerca de 30% das mulheres vão apresentar infecção urinária leve ou grave em algum momento da vida. Isso porque a mulher tem 50 vezes mais chance de ter o problema do que o homem.
Entre os principais sintomas estão: ardência ao urinar, urgência miccional, ou seja, a mulher vai várias vezes ao banheiro fazer xixi, urina avermelhada (com sangue) e dores no “pé da barriga”.
Segundo o Ministério da Saúde, o esvaziamento periódico da bexiga é uma defesa do corpo e reter a urina por longos períodos pode causar infecção do trato urinário (ITU).
Quais os tipos de infecção urinária?
Os tipos, causas e sintomas das infecções urinárias variam de acordo com o local onde há infecção. A infecção é dividida em diferentes tipos, que são:
Cistite
A cistite é uma infecção bacteriana na bexiga ou no trato urinário inferior. Ela é, na maioria das vezes, causada por um tipo de bactéria proveniente do trato gastrointestinal, chamada Escherichia coli (mais conhecida como E. coli). Outros micro-organismos também podem provocar cistite.
Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à doença. No entanto, ela é mais prevalente nas mulheres porque as características anatômicas femininas favorecem sua incidência. A uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais próxima do ânus, o que favorece a passagem dos micro-organismos.
A relação sexual também pode levar à cistite, mas você não precisa ser sexualmente ativo para desenvolvê-la.
Pessoas com diabetes descontrolado também têm risco aumentado, visto que a doença compromete a imunidade. Nos homens, depois dos 50 anos, o crescimento da próstata e consequente retenção de urina na bexiga podem causar o problema.
Sintomas da cistite
- Necessidade urgente de urinar com frequência;
- Escassa eliminação de urina em cada micção;
- Ardor ao urinar;
- Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;
- Febre;
- Sangue na urina nos casos mais graves.
Diagnóstico de cistite
- Levantamento da história clínica do paciente e de seus sintomas;
- Exame de urina tipo I;
- Urocultura com antibiograma (para identificar o agente infeccioso e orientar o tratamento).
Tratamento da cistite
Às vezes, o próprio organismo dá conta de eliminar as bactérias. Caso haja persistência de sintomas, o tratamento das cistites infecciosas requer o uso de antibióticos ou quimioterápicos que serão escolhidos de acordo com o tipo de bactéria encontrada no exame laboratorial de urina.
Especialmente nas mulheres, as recidivas podem ser frequentes e mais graves, mas, se o tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande. Por isso, é preciso tomar os medicamentos respeitando o tempo recomendado pelo médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses.
Recomendações para evitar a cistite
- Beba muita água. O líquido ajuda a expelir as bactérias da bexiga;
- Urine com frequência. Reter a urina na bexiga por longos períodos é uma contraindicação importante.
- Urinar depois das relações sexuais favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário;
- Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Mantenha limpas a região da vagina e do ânus. Depois de evacuar, passe o papel higiênico de frente para trás e, sempre que possível, lave-se com água e sabão;
- Evite roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias;
- Suspenda o consumo de fumo, álcool, temperos fortes e cafeína. Essas substâncias irritam o trato urinário;
- Troque os absorventes higiênicos com frequência para evitar o proliferação bacteriana.
Uretrite
A uretrite consiste na inflamação ou infecção da uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo.
As uretrites são decorrentes de bactérias provenientes do trato gastrointestinal, mas pelo fato da uretra nas mulheres estar mais próxima da vagina, algumas infecções como herpes, gonorreia e infecção por clamídia podem levar à uretrite.
As infecções que acometem a uretra têm extrema importância em saúde pública, porque muitas delas são provocadas por germes transmissíveis durante o ato sexual causando epidemias de doenças venéreas, ou seja, de infecções sexualmente transmissíveis (IST).
As uretrites têm diversas causas. Talvez a conhecida há mais tempo seja a uretrite gonocócica, descrita por Hipócrates 400 anos antes de Cristo e provocada pela bactéria Nesseria gonorrheae, que pode desenvolver-se também em órgãos como a faringe e o canal do ânus. Outro agente responsável por uretrites é a Chlamydia trachomatis, bactéria intracelular de grande poder infectante.
Os sintomas da gonorreia são agressivos o que facilita o diagnóstico precoce e antecipa o início do tratamento. Já a infecção pela clamídia pode ser silenciosa. Isso aumenta a possibilidade de transmissão e explica a prevalência crescente da doença.
Em que consiste o tratamento das uretrites causadas por gonococos e por clamídia?
Em muitos países, basicamente, o tratamento da coinfecção gonorreia/clamídia é feito com doxiciclina, um derivado da tetraciclina que atua sobre as duas doenças. No Brasil, no ambulatório de IST, colhe-se material para exame laboratorial das duas infecções e para pesquisar a presença de sífilis, hepatite e aids.
Se o resultado, que sai em 15 minutos, for positivo para gonorreia, o paciente já começa a ser tratado com penicilina procaína ou com tianfenicol, azitromicina ou outros antibióticos disponíveis no mercado. Essas drogas combatem apenas a gonorreia.
O resultado da imunofluorescência demora um pouco mais para ficar pronto. Se for detectada a presença de clamídia, tanto o paciente quanto sua parceira começam o tratamento. Mulheres grávidas portadoras dessa bactéria exigem muito cuidado com o uso da medicação para não comprometer o feto. O mesmo cuidado deve ser tomado com os recém-nascidos, que não podem receber as drogas indicadas para os adultos e as mulheres não grávidas. Em geral, a droga prescrita nos dois casos é a eritromicina básica. Essa é diferente do succinato de eritromicina, que é contraindicado.
Outras causas e prevenção
Uretrites não são provocadas apenas pela gonorreia e pela clamídia. Que outras infecções são responsáveis pela presença de secreção?
Causa comum da presença de secreção vaginal é a cândida, um fungo que pode levar à uretrite. Outra causa é a agressão por trichomonas. O interessante é que, hoje, raramente se veem mulheres portadoras desse protozoário, mas o número de homens com uretrite causada por ele cresceu muito.
Como muitas vezes o período de incubação clínica da tricomoníase e da gonorreia é parecido, nos pronto-socorros, a falta de intimidade com as infecções sexualmente transmissíveis faz com que, diante do corrimento abundante e do curto período de incubação, sem colher material para exame de laboratório, o diagnóstico seja de gonorreia e o paciente continue albergando trichomonas, um agente bastante agressivo.
Uretrites podem ocorrer também por herpes e papilomavírus (HPV). Diante de sintomas como dor intensa ao urinar e pouco corrimento, é importante considerar a hipótese de herpes genital, porque a lesão pode estar localizada dentro do meato uretral e aparecer em crises que recidivam.
Para as mulheres com queixa de dor ao urinar, deve ser pedido também um exame de cultura de urina, para descartar a presença de Escherichia coli ou de outras bactérias causadoras de cistite.
Como prevenir as uretrites provocadas pelas doenças sexualmente transmissíveis?
É fundamental insistir na conscientização das pessoas. Só quando elas tomam consciência da importância de fazer sexo seguro, de não se descuidar do uso de preservativos e dos riscos inerentes à mudança de parceiros, a possibilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis diminui.
Não estamos nos referindo a campanhas pontuais, às vésperas do carnaval, ou no Ano-Novo, por exemplo. O trabalho tem de ser constante, permanente, sempre visando à mudança de atitudes e de comportamento.
Pielonefrite
A infecção renal (pielonefrite) é um tipo de infecção do trato urinário (UTI) que geralmente começa em sua uretra ou bexiga e viaja para um ou ambos os rim.
Se não for tratada adequadamente, essa infecção renal pode prejudicar permanentemente seus rins ou a bactéria pode se espalhar para a corrente sanguínea e causar uma infecção potencialmente fatal.
A pielonefrite pode ser uma enfermidade aguda ou crônica. Na forma aguda, a infecção bacteriana surge de uma hora para outra e compromete o funcionamento dos rins. Embora na maior parte das vezes seja um episódio reversível, se não tratada, pode evoluir para uma doença renal crônica, uma complicação potencialmente grave.
Na forma crônica, os rins vão perdendo a capacidade de funcionamento aos poucos, por causa de uma doença subjacente (hipertensão arterial e diabetes tipo 2, por exemplo) ou de infecções agudas repetidas ou mal curadas, que podem levar à falência dos rins.
Quais as causas?
A E.coli (Escherichia coli), bactéria gram-negativa que habita normalmente os intestinos, é responsável por aproximadamente 90% dos casos de pielonefrite. Ela penetra no organismo pela uretra, alcança a bexiga, sobe pelos ureteres e se instala em um ou nos dois rins, comprometendo seu funcionamento.
Proteus, Klebsiella, Enterobacter e Pseudomonas são outros agentes infecciosos que podem estar associados aos episódios da doença.
Embora menos comum, a causa da pielonefrite pode ser uma infecção por bactérias gram-positivas, entre elas o Staphylococcus aureus. Proveniente de focos infecciosos em outros órgãos, essa micróbio pode disseminar-se na corrente sanguínea e infectar os rins.
É a chamada via hematogênica de transmissão da enfermidade, que pode espalhar a bactéria por todo o organismo provocando sepse, um processo infeccioso bastante grave, conhecido no passado como “infecção generalizada”.
E os fatores de risco?
O trato urinário é dotado de mecanismos de defesa que impedem a proliferação de germes patogênicos. Além disso, o acesso de micro-organismos às vias urinárias superiores é dificultado pelo fluxo contínuo da urina, que os arrasta para fora do corpo, e pela presença de esfíncteres, espécie de válvulas que se fecham depois que a urina passa rumo ao exterior.
No entanto, mesmo assim, existem algumas condições que aumentam o risco de desenvolver pielonefrite. São elas:
- Anatomia feminina – como mencionado anteriormente, mais do que os homens, as mulheres estão sujeitas a desenvolver infecções do trato urinário que podem afetar os rins. Para tanto, influi o tamanho da uretra feminina (3 cm), que é muito mais curta do que a masculina (mede por volta de 12 cm) e está localizada entre a vagina e o ânus, posição que favorece a entrada de micróbios especialmente durante o ato sexual;
- Obstrução no trato urinário – pedra nos rins, gravidez, malformações anatômicas, uso prolongado de cateteres urinários, aumento benigno da próstata são condições que, além de retardar o fluxo da urina e o esvaziamento completo da bexiga, favorecem a proliferação de bactérias que podem alojar-se nos rins;
- Sistema imunológico debilitado – portadores de HIV, hepatite, diabetes, ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores podem ter diminuída a capacidade de reagir contra a infecção;
- Refluxo vesicuretral – retorno de pequenas quantidades de urina da bexiga urinária para os ureteres e para os rins durante a micção por mau funcionamento das válvulas existentes no trato urinário. Embora esse refluxo seja mais frequente na infância, pode ocorrer na vida adulta também.
- Diabetes, bexiga neurogênica, rins policísticos, cistites de repetição são doenças que atuam como importantes fatores de risco para as infecções do trato urinário.
Quais os sinais e sintomas?
Os sintomas da pielonefrite são semelhantes nas formas aguda e crônica da doença. Vale, porém, registrar algumas diferenças. Na doença aguda, eles não tardam a aparecer. Na crônica, fases assintomáticas se alternam com outras em que as manifestações clínicas surgem somente nos períodos em que a infecção está ativa.
Por causa dessa característica da doença, a infecção bacteriana crônica pode provocar lesões irreversíveis nos rins, que evoluem para insuficiência renal grave.
Nos dois casos, porém, os sintomas mais característicos são febre, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, mal-estar; dor lombar e pélvica, no abdômen e nas costas; urgência e dor (disúria) para urinar, sinal de pus (piúria) e de sangue (hematúria) na urina, que fica turva e com odor desagradável.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da pielonefrite considera o conjunto dos sintomas, especialmente a ocorrência de febre alta, calafrios e dor lombar, assim como o exame clínico do doente.
Exames de laboratório, como hemograma completo, urina tipo I e urocultura com antibiograma são úteis para confirmar a presença da infecção, identificar o agente infeccioso e orientar a conduta terapêutica.
Os exames de imagem – tomografia computadorizada, ultrassom e ressonância magnética – ficam reservados para identificar anormalidades estruturais ou anatômicas no sistema urinário que representam risco aumentado de doença renal grave.
É sempre importante estabelecer o diagnóstico diferencial com doenças que podem apresentar sintomas semelhantes aos da pielonefrite. Entre elas, merecem destaque a doença inflamatória pélvica, a colecistite (inflamação da vesícula biliar), a apendicite (inflamação do apêndice vermiforme) e a pancreatite aguda (inflamação do pâncreas).
Tratamento
A pielonefrite tem cura. O tratamento com antibióticos de largo espectro deve começar tão logo seja levantada a hipótese de infecção nos rins. O objetivo é impedir que o agente infeccioso provoque lesões permanentes nesses órgãos ou que espalhe a infecção por todo o corpo, levando à falência de múltiplos órgãos.
Aguardar o resultado do exame de urocultura para identificar o tipo da bactéria e do antibiograma para saber qual o medicamento mais eficaz para combatê-la, pode ser arriscado, uma vez que ambos demandam tempo maior para serem concluídos.
Apesar da demora, no entanto, eles são exames fundamentais para o tratamento das infecções de repetição ou das resistentes ao tratamento proposto inicialmente.
Para alívio da dor ao urinar (disúria) o ideal é usar analgésicos. Anti-inflamatórios só devem ser utilizados sob orientação médica, porque podem agravar o quadro renal.
Em geral, o tratamento padrão da pielonefrite consiste no uso de antibióticos por via oral por sete dias, no mínimo. De acordo com as características e a gravidade da infecção, pode ser necessário introduzir a medicação por via endovenosa por até 21 dias. Embora os sintomas costumem desaparecer em pouco tempo, é fundamental obedecer ao esquema prescrito até o fim para evitar a recorrência das infecções ou, então, que as bactérias se tornem resistentes aos antibióticos indicados.
Infecções renais graves, principalmente na infância e nos idosos, podem exigir internação hospitalar para ministrar a medicação por via intravenosa. Portadores de pielonefrite crônica, que leva à perda progressiva e irreversível dos rins, passam a depender de diálise até que seja possível realizar um transplante renal.
Procedimentos cirúrgicos são indicados quando obstruções ou anormalidades estruturais do sistema urinário facilitam a instalação dos processos infecciosos.
Quais as recomendações?
- Beba bastante líquido, água de preferência. Além de manter o corpo bem hidratado, líquidos ajudam a eliminar os agentes infecciosos quando a pessoa urina;
- Atenda prontamente a vontade de esvaziar a bexiga. Urina armazenada na bexiga pode transformar-se num foco de infecção;
- Urine logo após a relação sexual, como forma de eliminar as bactérias que por acaso tenham penetrado pela uretra;
- Proceda a higiene local com água. Se for usar papel higiênico depois de urinar ou evacuar, passe-o da frente para trás a fim de evitar que as bactérias do intestino se espalhem pela uretra e bexiga.
- Redobre a atenção se você está grávida. Alterações naturais em seu organismo – mudanças nas características da urina, crescimento acelerado do útero e consequente compressão da bexiga – aumentam a predisposição para as infecções do trato urinário;
- Não se automedique nem suspenda o uso da medicação sem antes ouvir o que seu médico tem a dizer.
Infecção nos ureteres
A infecção nos ureteres nada mais é do que a infecção dos canais que levam a urina dos rins até a bexiga.
Causas gerais das infecções urinárias
As infecções urinárias geralmente ocorrem quando as bactérias entram no trato urinário através da uretra e começam a se multiplicar na bexiga.
Embora o sistema urinário tenha sido projetado para manter esses invasores microscópicos, essas defesas às vezes falham.
Quando isso acontece, as bactérias podem se apoderar e se transformar em uma infecção completa no trato urinário.
Quais os fatores de risco?
Alguns fatores são considerados de risco para contrair infecção urinária, confira:
- Gênero: infecções urinárias são mais comuns em pessoas cuja uretra é menor, como no caso do sistema reprodutor feminino, ou seja, o caminho que a bactéria precisa percorrer para chegar até a bexiga é menor.
- Vida sexualmente ativa: facilita a infecção urinária, especialmente as vaginais.
- Contraceptivos: o uso de alguns tipos de contraceptivos, como espermicidas, também pode ser considerado um fator de risco.
- Menopausa: após a menopausa, as infecções urinárias podem acontecer com mais frequência do que antes, uma vez que a baixa quantidade de estrogênio causa mudanças no trato urinário de modo a deixá-lo mais vulnerável à ação de bactérias.
- Bloqueio: apresentar algum tipo de bloqueio no trato urinário, como pedra nos rins e aumento da próstata, também é um fator de risco.
- Baixa imunidade: ter o sistema imunológico suprimido impede que as defesas do corpo atuem propriamente, facilitando a entrada de bactérias que causam infecções.
- Cateter: o uso de cateter para urinar também aumenta os riscos de infecção.
Sintomas gerais de infecção urinária
Nem sempre uma pessoa com infecção urinária apresenta sintomas, mas quando surgem, os mais comuns são:
- Ardência forte ao urinar
- Forte necessidade de urinar, mesmo tendo acabado de voltar do banheiro
- Urina escura
- Urina acompanhada de sangue
- Urina com cheiro muito forte
- Dor pélvica
- Dor no reto
- Aumento da frequência de micções
- Incontinência urinária
.Como mencionamos em cada tópico nos tipos de infecções, os sintomas variam de acordo com o tipo.
Infecção urinária na gravidez
A frequência da infecção urinária em gestantes é aproximadamente a mesma que em mulheres não-grávidas, no entanto, infecções recorrentes são mais comuns durante a gravidez.
Adicionalmente, a ocorrência da pielonefrite (infecção renal) é mais elevada durante a gestação do que na população em geral, provavelmente como um resultado de alterações fisiológicas das vias urinárias no período.
A bacteriúria assintomática, ou seja, quando são detectadas bactérias no exame de urina sem que a gestante apresente sintomas, ocorre em 2 a 7% das mulheres grávidas.
Geralmente ocorre durante a gravidez inicial, com apenas cerca de um quarto dos casos identificados nos segundo e terceiro trimestres.
Fatores que têm sido associados a um maior risco de bacteriúria incluem: histórico de infecção urinária prévia, diabetes mellitus e gestações anteriores.
Os sintomas de infecções urinárias na gestante incluem:
- Dor embaixo do ventre
- Dor para urinar
Outras complicações de pielonefrite incluem anemia, sepse e dificuldade respiratória.
Para o tratamento, o médico obstetra avaliará a necessidade de antibiótico seguro para gestantes. Em casos mais graves pode ser necessário mais exames e até a internação da paciente.
Quando devo buscar ajuda médica?
Caso você apresente ardência ao urinar, dor pélvica, urina acompanhada de sangue e vontade frequente de urinar procure um pronto-socorro, clínico geral ou ginecologista imediatamente.
O diagnóstico deve ser realizado por um médico através de exame de urina (urina tipo I e urocultura) e, se necessário, exames laboratoriais adicionais.
Em casos de infecções é necessário realizar exames radiológicos (ultrassonografia, tomografia ou até ressonância magnética) para melhor avaliar a gravidade e presença de fatores agravantes da ITU.
Principais exames realizados
Os exames que podem feitos para diagnosticar infecções urinárias são:
Exame de urina
O exame de urina é o método mais frequente usado para realizar o diagnóstico. O resultado fica pronto em torno de duas horas.
A urina é analisada a procura de leucócitos (glóbulos brancos, que quando estão em níveis acima do normal representam um quadro infeccioso) e traços de sangue.
Cultura de urina
Uma análise de urina feita em laboratório geralmente é seguida de uma cultura de urina, em que o médico usará a amostra do paciente para cultivar a bactéria causadora em laboratório. Esse exame ajuda a identificar a bactéria e quais medicamentos são mais eficazes na ação contra ela.
Este é o melhor exame para identificar a infecção e a bactéria causadora dela, tendo conhecimento dos antibióticos que combatem a bactéria da infecção urinária (ou aos quais ela é resistente). No entanto, os resultados demoram de três a sete dias para ficarem prontos;
Exames de imagem
O médico também poderá optar por realizar uma tomografia, um ultrassom ou uma ressonância magnética para identificar possíveis anormalidades em seu trato urinário.
Também para esse fim, o especialista pode solicitar o exame com utilização de contraste para destacar as partes do sistema urinário que apresentam problemas.
Cistoscopia
O exame de cistoscopia é utilizado para analisar as partes internas da bexiga e da uretra, a fim de identificar a causa da infecção.
Como é feito o tratamento de infecção urinária?
O tratamento de infecções urinárias varia muito de acordo com o tipo de cada infecção e sua gravidade também.
Geralmente, o tratamento é feito à base de antibióticos. Mas o médico também poderá receitar um analgésico para aliviar a dor e a ardência ao urinar.
O tratamento também varia de acordo com a frequência que o paciente apresenta quadros infecciosos.
Chás para infecção urinária
Nenhum dos tratamentos caseiros, quando feitos isoladamente, são eficientes contra a infecção urinária – e, por isso, o ideal é sempre buscar o médico quando o problema aparece. Todavia, alguns alimentos e bebidas podem ser aliados aos antibióticos para turbinar o processo de cura, dentre eles, podemos citar:
- Bastante água
- Cranberry
- Melancia
- Chá de manjericão
- Chá de carqueja
- Chá de aroeira
Chá de manjericão
Este chá é um bom aliado no combate às bactérias da infecção urinária. “O manjericão tem ação inibitória sobre o crescimento de bacteriano”, explica a médica nutróloga Andreia Guarnieri. Já um componente dessa planta, chamado eugenol tem propriedade anti-inflamatória. “Essa ação também contribui na melhora dos sintomas das infecções do trato urinário”, acrescenta.
Chá de carqueja
O chá de carqueja também é um poderoso diurético, o que por si só já ajuda a limpar as vias urinárias. “Seu componentes antioxidantes também a tornam um ótimo anti-inflamatório”, considera a especialista.
Chá de aroeira
O chá de aroeira costuma ser indicado para infecções genitais, que muitas vezes são ligadas à infecção urinária em mulheres. “Isso ocorre devido à sua ação anti-inflamatória e cicatrizante, sendo utilizada nestes casos em forma de banhos de assento”, considera Andreia.
Outros tratamentos caseiros
Beber bastante água
Medidas que aumentem a frequência urinária ajudam no tratamento e eliminação das bactérias da infecção urinária mais rápido, sendo um tratamento caseiro fácil de seguir. É importante que o paciente beba líquidos mantendo a urina clara, por exemplo.
Cranberry
Essa frutinha comum nos países mais frios é uma grande aliada do tratamento caseiro da infecção urinária. “Cranberries e mirtilos contêm compostos chamados proantocianidinas, que apresentam ação inibitória sobre o crescimento de bactérias como a Escherichia coli“, explica a especialista. Elas também dificultam a adesão dessas bactérias na parede do trato urinário.
Melancia
Além de ser uma fruta riquíssima em água, o que ajuda a aumentar a frequência urinária, a melancia tem um bom aporte de vitamina C, o que a torna um tratamento caseiro para infecção urinária interessante. “É frequentemente usada para combater os sintomas da infecção urinária, pois contribui em inibir o crescimento de bactérias”, explica a nutróloga Andreia Guarnieri.
Quais os medicamentos para infecção urinária?
Os remédios mais usados para o tratamento de infecção urinária são:
- Amicacina
- Amoxicilina + Clavulanato de Potássio
- Amoxicilina
- Androfloxin
- Bactrim
- Ceclor
- Cefaclor
- Cefadroxila
- Cefalexina
- Cefalotina
- Ceftriaxona Dissódica
- Ceftriaxona Sódica
- Cetoprofeno
- Ciprofloxacino
- Cefanaxil
- Cipro
- Clocef
- Clordox
- Cystex
- Doxiciclina
- Hincomox
- Monuril
- Nitrofen
- Norfloxacino
Não se esqueça que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso,assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.
Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Infecção urinária tem cura?
Uma infecção urinária é incômoda, mas o tratamento é, geralmente, bem-sucedido. Em geral, os sintomas de uma infecção desaparecem poucos dias após o começo do tratamento.
Mais uma vez, a duração do tratamento varia de acordo com o tipo de infecção, bem como as expectativas de recuperação.
Possíveis complicações
Se não for tratada, uma infecção urinária pode causar complicações mais graves, como:
- Infecções recorrentes, especialmente em mulheres que já apresentaram três ou mais infecções;
- Danos permanentes aos rins;
- O risco de infecção do sangue com risco de vida (sepse) é maior para crianças, idosos e aqueles cujos organismos não conseguem lutar contra as infecções (por exemplo, devido ao HIV ou à quimioterapia para o câncer);
- Aumento no risco de grávidas darem luz a bebês abaixo do peso normal ou prematuros;
- Infecção geral;
- Morte
Qual é o prognóstico?
Alguns cuidados em casa podem ajudar na recuperação. Veja:
- Beba muita água: por mais que seja doloroso urinar, é importante que o paciente beba muita água para diluir ao máximo a urina. Quanto mais você for ao banheiro, maiores as chances de expelir a bactéria de seu corpo definitivamente.
- Evite algumas bebidas: procure não tomar bebidas que possam causar irritações à bexiga, como café, bebidas alcoólicas e outras que contenham cítricos ou cafeína.
- Use bolsa de água morna: aplique uma bolsa de água morna na região do abdômen para minimizar o desconforto.
Prevenção
O que fazer para evitar infecção urinária?
Algumas medidas podem prevenir infecções urinárias, sejam elas de que tipo forem. São elas:
- Beber muito líquido: especialmente água!
- Limpar-se após urinar para evitar que bactérias se acumulem no local e entrem no trato urinário.
- Urinar após relações sexuais para esvaziar a bexiga. Beba muita água para ajudar a diluir a urina também.
- Usar absorventes externos em vez de internos, pois alguns médicos acreditam que isso aumente a probabilidade de infecções. Troque de absorvente cada vez que for ao banheiro.
- Não usar ducha nem sprays ou pó para a higiene feminina: como regra geral, não utilize nenhum produto que contenha perfumes na área genital.
- Evitar usar calças muito apertadas.
- Usar calcinha e meia-calça de algodão e troque-as, pelo menos, uma vez por dia.
Se você ainda tem alguma dúvida sobre as infecções do trato urinário, pode deixá-la no box abaixo que iremos lhe responder com prazer!