Vermes – Sintomas e Como Tratar

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O artigo que o Cliquefarma traz para vocês hoje será sobre verminoses. Um assunto muitas vezes corriqueiro, porém que ainda deixa dúvidas a respeito dos sintomas e de como proceder com os devidos tratamentos. Vamos falar tudo sobre vermes agora mesmo, portanto, acompanhe até o final para não perder nada! 

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O que são verminoses?

As verminoses são doenças causadas por diferentes vermes parasitas que se instalam no organismo do homem e outros animais. Em geral, eles se alojam nos intestinos, mas também podem acometer o fígado, pulmões e cérebro.

 

Existem algumas formas de erradicar a doença. Saneamento básico, educação sanitária e hábitos simples de higiene pessoal e familiar são elementos fundamentais para se prevenir as verminoses, mas para erradicar a doença é necessário o uso de antiparasitários ou vermífugos.

 

Sim, existem parasitas que causam sérias doenças, como a tênia, cisticercose e filariose. Infecções pulmonares e cerebrais podem acontecer dependendo do ciclo do parasita.

Por isso, existem alguns cuidados essenciais com a prevenção das verminoses em geral:

 

  • Lavar as mãos, especialmente quando for lidar com alimentos, antes das refeições e depois de usar o banheiro.
  • Lavar cuidadosamente os alimentos antes de prepará-los.
  • Não andar descalço em lugares em que não conheça as condições de higiene e próximo a lagoas ou rios.
  • Ingerir água filtrada ou fervida, se possível mineral.

 

Verminose ou parasitose intestinal é a condição na qual um parasita invade o sistema gastrointestinal e fica aderido à parede dos intestinos, passando a viver, se alimentar e se reproduzir.

 

Os principais grupos de parasitas intestinais são os protozoários e os helmintos.

 

Os protozoários são seres unicelulares e microscópicos. As principais parasitoses por protozoários nos humanos são provocadas por Entamoeba histolytica, Dientamoeba fragilis, Giardia lamblia, Blastocystis hominis, Cryptosporidium parvum e Isospora belli.

 

Já os helmintos são os vermes típicos, visíveis a olho nu, com corpo cilíndrico e órgãos internos. Podem medir desde centímetros até alguns metros de comprimento.

 

Os helmintos causadores de parasitose nos seres humanos mais comuns são: Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, Trichuris trichiura, Schistosoma mansoni, Taenia sp, Hymenolepis diminuta e Hymenolepis nana.

 

Em 2018, o Ministério da Saúde promoveu a V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose em escolas públicas de municípios de brasileiros com vulnerabilidade social e elevado risco de adoecimento para esses doenças. 

Sinais e Sintomas de Parasitose Intestinal

Em geral, os sintomas mais comuns das verminoses são a diarreia, fezes sanguinolentas, anemia, dor abdominal, náuseas com ou sem vômitos, emagrecimento e perda do apetite. É importante destacar, porém, que cada parasita provoca um quadro clínico diferente. 

 

Alguns causam mais diarreia, outros dor abdominal, há os que provocam perda de peso ou sangue nas fezes, etc. Também há parasitoses que não provocam diarreia nem dor abdominal. Portanto, não há um conjunto de sinais e sintomas fixos que se encaixem em todas as verminoses. É preciso avaliar cada parasita individualmente.

 

Sendo assim, o que vamos discutir resumidamente são os sinais e sintomas de cada uma das parasitoses intestinais mais comuns.

Amebíase

Amebíase é o nome da doença causada pela ameba Entamoeba histolytica, um protozoário que pode causar sintomas gastrointestinais. Em cerca de 90% dos casos, o paciente contaminado não desenvolve doença e torna-se apenas um portador assintomático da ameba.

 

Nos 10% dos pacientes que apresentam doença, os sintomas mais comuns costumam ser dor abdominal, dor ao evacuar, intensa diarreia aquosa, com várias evacuações por dia e perda de peso.

 

O quadro da amebíase costuma ser mais arrastado que os das gastroenterites virais ou intoxicação alimentar, com piora dos sintomas ao longo de 1 a 3 semanas. Não é incomum haver também febre e diarreia sanguinolenta.

 

A maioria dos casos de amebíase é de leve a moderada intensidade, mas raramente, em cerca de 0,5% dos casos, a doença pode se apresentar de forma fulminante, com necrose intestinal, perfuração do cólon e peritonite grave.

Ancilostomose

A ancilostomose, também chamada de necatoríase, é uma parasitose intestinal provocada pelos nematódeos da família Ancylostomidae: Ancylostoma duodenale ou Necator americanus.

 

A contaminação com o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus se dá através de contato direto da pele dos pés com o solo contaminado ou por ingestão acidental da larva presente no ambiente através de mãos contaminadas.

Após penetrar a pele, a larva viaja até os pulmões através dos vasos sanguíneos. Quando o paciente tosse, o parasita pode ser lançado dos pulmões em direção à cavidade oral e depois deglutido sem que o paciente perceba.

 

Se a contaminação inicial não tiver sido pela pele, mas sim por ingestão acidental da larva, essa primeira parte do ciclo não existe, indo o parasita diretamente para o trato gastrointestinal.

 

A ancilostomose é uma parasitose com quadro clínico predominantemente gastrointestinal. Antes do verme chegar ao intestino, os sintomas são discretos. No local de penetração do verme na pele pode haver uma pequena reação inflamatória, que provoca coceira. Durante a passagem pelos pulmões, o paciente costuma apresentar tosse seca.

 

Os sintomas típicos surgem quando o parasita migra para o intestino delgado. Nessa fase, o paciente pode apresentar náuseas, vômitos, diarreia, cansaço, aumento do gases e dor abdominal.

 

O principal problema da ancilostomose é a anemia e a desnutrição, pois o parasita consome sangue e proteínas. Em crianças, pode haver desaceleração do crescimento e alterações no desenvolvimento neurológico.

Ascaridíase

A ascaridíase é uma parasitose intestinal causada pelo helminto Ascaris lumbricoides.

Na maioria dos casos, a infecção é assintomática. Entretanto, nos pacientes com número elevado de vermes no trato gastrointestinal sintomas respiratórios e gastrointestinais podem existir.

 

A larvas do Ascaris lumbricoides atravessam a parede do intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea, migrando para os pulmões.

 

Um quadro inflamatório dos pulmões durante a breve passagem das larvas pelo sistema respiratório é bastante comum. Manifestações, como tosse seca, bronquite, febre e dor torácica são chamadas de síndrome de Loeffler.

 

Durante os episódios de tosse, é possível que o paciente ejete uma ou mais larvas de ascaris pela boca. As larvas expelidas pela boca podem ser deglutidas acidentalmente, retornando para o sistema digestivo.

 

Os sintomas da ascaridíase relacionados ao sistema gastrointestinal são: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, distensão abdominal e perda de peso. Eliminação de vermes adultos visíveis nas fezes também pode ocorrer.

 

Crianças contaminadas podem apresentar desnutrição e atraso no crescimento.

Em casos de grande infestação de vermes, um “bolo” de ascaris pode causar obstrução intestinal, sendo necessária intervenção cirúrgica ou endoscópica para a remoção dos vermes.

Estrongiloidíase

A estrongiloidíase é uma verminose causada pelo helminto Strongyloides stercoralis.

 

A infecção humana ocorre quando há penetração da pele por larvas de Strongyloides stercoralis, geralmente por contato direto com o solo contaminado por fezes humanas.

 

A maioria do pacientes infectados não apresenta sintomas relevantes. Quando há sintomas, o quadro mais comum é dor abdominal, geralmente ao redor do estômago, que pode vir acompanhada de vômitos, enjoos, diarreia ou perda de apetite.

 

Lesões na pele no local da penetração das larvas são comuns. O local mais habitual são os pés. Estas lesões são pequenas inflamações que podem coçar bastante. Em alguns casos, as lesões têm forma de serpente, evidenciando o caminho de migração da larva sob a pele.

 

Assim como ocorre nas outras verminoses que têm um ciclo pulmonar, sintomas respiratórios podem surgir durante a fase de migração das larvas pelos pulmões. Tosse, garganta irritada, falta de ar, febre e até expectoração sanguinolenta são alguns dos sintomas possíveis. Quadros semelhantes à asma ou pneumonia também podem ocorrer.

Giardíase

A giardíase é uma verminose provocada pelo protozoário Giardia lamblia.

 

A maioria das pessoas contaminadas pela Giardia lamblia não apresenta sintomas. Nos casos sintomáticos os mais comuns são diarreia, dor abdominal, flatulência, náuseas, vômitos e emagrecimento. Febre é um sinal menos comum e só ocorre em cerca de 15% dos casos sintomáticos.

 

Após uma fase aguda, cerca de 2/3 dos pacientes que tiveram sintomas apresentam melhora espontânea. 1/3, porém, desenvolvem a infecção crônica pela Giardia, mantendo-se infectados e sintomáticos por longos períodos. Na giardíase crônica, os sintomas mais comuns são:

 

  • Fezes pastosas.
  • Esteatorreia (fezes gordurosas e com forte odor).
  • Perda de peso.
  • Cansaço.
  • Depressão.

 

Um dos principais problemas da infecção pela Giardia é a síndrome de má absorção, caracterizada clinicamente pela perda de peso e esteatorreia. Até 40% dos pacientes desenvolvem intolerância à lactose.

Oxiuríase ou enterobíase

A oxiuríase, também conhecida como enterobíase, é uma parasitose provocada pelo helminto Enterobius vermicularis ou Oxiurus vermicularis.

A maioria dos paciente infectados pelo oxiúrus não apresenta sintomas. Em geral, os sintomas surgem quando o paciente se reinfecta sucessivamente com o parasita, a ponto de ter uma grande quantidade de vermes no seu trato intestinal, o que pode ocorrer somente meses depois da contaminação inicial.

 

Quando o verme provoca sintomas, o mais comum é a coceira anal. Em alguns casos, a coceira é intensa e deixa o paciente inquieto e com dificuldade de dormir. Os vermes adultos podem migrar para locais além do ânus, como a região vaginal. Nas mulheres pode haver vulvovaginite (inflamação da vulva e da vagina), coceira e corrimento vaginal.

 

Ocasionalmente, em paciente que se auto contaminam repetidamente, a carga de vermes nos intestinos pode ser tão alta, que o paciente passa a sentir os sintomas típicos das parasitoses intestinais, tais como dor abdominal, dor para evacuar, náuseas e vômitos.

Tricuríase

A tricuríase é uma verminose causada pelo parasita Trichuris trichiura, um helminto de aproximadamente 4 cm de comprimento que habita o intestino grosso dos indivíduos infectados.

 

A imensa maioria dos pacientes contaminados com o Trichuris trichiura não apresenta sintomas. Em geral, somente os indivíduos com os intestinos infestados com centenas de parasitas é que desenvolvem sintomas de tricuríase.

 

Nos sintomáticos, o quadro clínico mais comum é de diarreia crônica, que pode vir acompanhada de muco ou sangue misturado às fezes. Distensão abdominal, enjoos, perda de peso, flatulência e anemia são outros sinais e sintomas possíveis.

 

Outro sinal típico, geralmente presente em crianças com contaminação maciça, é o prolapso retal, uma protusão de parte do reto através do ânus. Nestes casos, é comum conseguirmos ver vermes aderidos à mucosa do reto que está exteriorizada.

O que é um vermífugo?

O termo verme é uma forma não científica de descrever qualquer animal de corpo alongado e mole, que não possui membros nem esqueleto interno ou externo, como uma minhoca, por exemplo.

 

Verme também é muito usado pela população leiga para descrever os vários tipos de protozoários e helmintos que podem parasitar o nosso trato intestinal, como amebas, giárdia, ascaris e tênias.

 

Sendo assim, vermífugo é o nome dado aos medicamentos utilizados no tratamento das verminoses intestinais.

 

O nome correto desses remédios contra vermes é antiparasitários ou anti-helmínticos, pois são medicamentos que agem contra parasitas ou helmintos.

Daqui para a frente, vamos falar sobre os principais medicamentos utilizados no tratamento das parasitoses intestinais. Depois disso, faremos um resumo das principais parasitoses e seus respectivos tratamentos.

Principais opções para o tratamento das parasitoses

Albendazol

O albendazol é um anti-helmíntico que pertence à classe dos benzimidazólicos. Esse antiparasitário é um dos mais usados na prática médica devido à extensa lista de vermes contra os quais ele é eficaz.

 

O albendazol costuma ser indicado para o tratamento de infecções por: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Ancylostoma caninum, Ancylostoma braziliense,Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Echinococcus granulosus, Giardia lamblia, Taenia spp., Toxocara canis e Hymenolepis nana

 

Entre os nomes comerciais mais famosos do albendazol estão: Zentel, Zolben, Parasin, Albel, Mebenix e Albentel.

 

Os efeitos colaterais mais comuns do albendazol são: dor abdominal, náuseas ou elevação das enzimas hepáticas.

 

Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o risco da parasitose para a gravidez é maior que o do medicamento.

Mebendazol

Assim como o albendazol, o mebendazol também é um anti-helmíntico que pertence à classe dos benzimidazólicos. O seu espectro de ação é semelhante ao do albendazol, porém com algumas restrições, como a falta de ação eficaz contra Strongyloides stercoralis.

 

O mebendazol costuma ser indicado para o tratamento de infecções por: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Ancylostoma caninum, Ancylostoma braziliense,Trichuris trichiura, Toxocara canis, Giardia lamblia, Taenia spp. e Echinococcus granulosus.

 

Entre os nomes comerciais mais famosos do mebendazol estão: Pantelmin, Licor de Cacau Xavier, Necamin e Multielmin.

 

Os efeitos colaterais mais comuns do mebendazol são: dor abdominal e diarreia.

 

Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o risco da doença para a gravidez é maior que o do medicamento.

Tiabendazol

O tiabendazol é mais um anti-helmíntico que pertence à classe dos benzimidazólicos. O seu espectro de ação é semelhante ao do albendazol e do mebendazol, com algumas exceções, como a falta de ação contra Taenia spp.

 

O tiabendazol costuma ser indicado para o tratamento de infecções por: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, Trichuris trichiura, Ancylostoma duodenale, Ancylostoma braziliense, Toxocara canis e Echinococcus granulosus.

 

Entre os nomes comerciais mais famosos do tiabendazol estão: Thiaben, Tiadol, Micosbel,Tiaplex,Dazotil e Foldan

 

O tiabendazol é menos prescrito que o albendazol e o mebendazol por provocar efeitos colaterais com mais frequência, como: dor abdominal, náuseas, tonturas, diarreia, boca seca, cansaço, fraqueza e formigamentos.

 

Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o risco da doença para a gravidez é maior que o do medicamento.

Cambendazol

O cambendazol é o medicamento da classe dos benzimidazólicos com menor espectro de ação. Este fármaco é eficaz contra Ancylostoma braziliense, Ancylostoma caninum e Toxocara canis, mas a sua principal indicação é o tratamento do Strongyloides stercoralis.

 

O nome comercial do cambendazol é Cambem. A associação de cambendazol com mebendazol é vendida sob o nome comercial Exelmin.

 

Os efeitos colaterais mais comuns do cambendazol são: dor abdominal, náuseas, diarreia, vômitos, flatulência, anorexia, tontura, sonolência e dor de cabeça.

 

Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o risco da doença para a gravidez é maior que o do medicamento.

Ivermectina

A ivermectina é um anti-helmíntico semissintético, produto da fermentação da bactéria Streptomyces avermitilis. Além da atividade contra helmintos, ele também age contra parasitas não intestinais, como o piolho e a sarna.

 

A ivermectina é um antiparasitário de amplo espectro, eficaz contra Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Trichuris trichiura, Onchocerca volvulus, Pediculus humanus capitis (piolho), Sarcoptes scabiei (sarna) e Wuchereria bancrofti.

 

Entre os nomes comerciais mais famosos da ivermectina estão: Ivermec, Iverneo, Leverctin, Revectina, Plurimec e Vermectil.

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Os efeitos colaterais mais comuns da ivermectina são: diarreia, náusea, falta de disposição, dor abdominal, falta de apetite, constipação e vômitos.

 

A ivermectina não deve ser administrada em grávidas, durante o aleitamento materno nem em crianças com menos de 15 quilos.

 

Praziquantel

O praziquantel é um anti-helmíntico muito utilizado no tratamento da teníase, cisticercose e esquistossomose.

 

O seu espectro de ação inclui os seguintes parasitos: Taenia saginata, Taenia solium, Schistosoma mansoni e Hymenolepis nana.

 

Os nomes comerciais do praziquantel são: Cisticid e Cestox.

 

Os efeitos colaterais mais comuns do praziquantel são: dor abdominal, náusea, diarreia, vômitos, tonteira, sonolência, dor de cabeça e sudorese.

 

O praziquantel pode ser administrado durante a gravidez.

Metronidazol

O metronidazol é um antibiótico que também possui ação contra amebas e alguns protozoários.

 

O seu espectro de ação em relação às parasitoses inclui: Giardia lamblia e Entamoeba histolytica.

 

Os nomes comerciais do mebendazol são: Flagyl, Helmizol, Neo Metrodazol, Terconazol, Rozex.

 

Os efeitos colaterais mais comuns do metronidazol são: náuseas, anorexia, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, constipação e gosto metálico na boca.

 

O metronidazol pode ser usado na gravidez em determinadas situações. Ele só está proibido no primeiro trimestre de gestação.

Pamoato de pirantel

O pamoato de pirantel é um anti-helmíntico com ação contra os parasitas Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

 

Os nomes comerciais do pamoato de pirantel são: Combantrin e Ascarical.

Os efeitos colaterais mais comuns são: Náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, dor de cabeça e tonturas.

 

O pamoato de pirantel pode ser usado na gravidez.

Nitazoxanida

A nitazoxanida é um anti-helmíntico de amplo espectro, com ação contra os seguintes parasitas: Enterobius vermicularis, Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercoralis, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Trichuris trichiura, Taenia sp, Hymenolepis nana; Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Cryptosporidium parvum, Blastocystis hominis, Balantidium coli e Isospora belli.

 

O nome comercial da nitazoxanida é Annita.

 

Os efeitos colaterais mais comuns são: dor de cabeça, cólicas, diarreia, náuseas, vômitos e urina esverdeada.

 

A nitazoxanida não deve ser administrada no primeiro trimestre de gravidez.

Levamisol

O levamisol é um anti-helmíntico utilizado para o tratamento do Ascaris lumbricoides.

 

O nome comercial do levamisol é Ascaridil.

 

Os efeitos colaterais mais comuns são: náuseas, vômitos, diarreia e cólicas abdominais.

 

O levamisol não deve ser utilizado durante a gravidez.

Niclosamida

A niclosamida é um anti-helmíntico indicado para o tratamento da Taenia solium, Taenia saginata e Hymenolepis nana.

 

O nome comercial da niclosamida é Atenase.

 

Os efeitos colaterais mais comuns são: náuseas, vômito, dor abdominal, diarreia, dor de cabeça e sabor amargo na boca.

 

A niclosamida pode ser administrada durante a gravidez.

Oxamniquina

O oxamniquina é um anti-helmíntico indicado para o tratamento do Schistosoma mansoni.

 

O nome comercial do oxamniquina é Mansil.

 

Os efeitos colaterais mais comuns são: náuseas, vômito, dor abdominal e diarreia.

 

O oxamniquina não deve ser utilizado durante a gravidez.

Medicamentos mais indicados para cada tipo de parasitose

Ascaridíase (Ascaris lumbricoides)

Medicamentos mais indicados: albendazol, mebendazol, tiabendazol, ivermectina, pamoato de pirantel, levamisol e nitazoxanida.

 

Ancilostomose (Ancylostoma duodenale ou Necator americanus)  

Medicamentos mais indicados: albendazol, mebendazol, tiabendazol, cambendazol, pamoato de pirantel e nitazoxanida.

 

Oxiuríase (Enterobius vermicularis

Medicamentos mais indicados: albendazol, mebendazol, tiabendazol, ivermectina, pamoato de pirantel e nitazoxanida.

 

Estrongiloidíase (Strongyloides stercoralis)

Medicamentos mais indicados: albendazol, tiabendazol, cambendazol, ivermectina e nitazoxanida.

 

Tricuríase (Trichuris trichiura)

Medicamentos mais indicados: albendazol, mebendazol, tiabendazol, ivermectina e nitazoxanida.

 

Esquistossomose (Schistosoma mansoni

Medicamentos mais indicados: praziquantel e oxamniquina.

 

Teníase (Taenia solium ou Taenia saginata)

Medicamentos mais indicados: albendazol, mebendazol, praziquantel, niclosamida e nitazoxanida.

 

Giardíase (Giardia lamblia)

Medicamentos mais indicados: albendazol, mebendazol, tiabendazol, metronidazol e nitazoxanida.

 

Amebíase (Entamoeba histolytica)

Medicamentos mais indicados: metronidazol e nitazoxanida.

Infecção com vermes intestinais tem associação com forma grave de leishmaniose

Um estudo realizado no Rio de Janeiro apontou, pela primeira vez, que a infecção intestinal por vermes está associada ao desenvolvimento da forma mucosa da leishmaniose tegumentar, apresentação mais grave desta doença. 

 

Liderada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a pesquisa identificou que os casos deste tipo foram cerca de cinco vezes mais frequentes entre pacientes com Ascaris lumbricoides, parasita popularmente conhecido como lombriga, ou outras verminoses. 

 

Publicado na revista científica Acta Tropica, o trabalho mostrou também que os portadores de vermes intestinais demoraram em média o dobro do tempo para se curar. Além disso, os casos de má resposta ao tratamento, como persistência da doença após a terapia ou retorno dos sintomas após a cura, foram em torno de três vezes mais frequentes em pacientes com estas coinfecções.

 

Segundo o coordenador do estudo, Sérgio Mendonça, pesquisador do Laboratório de Imunoparasitologia do IOC, a leishmaniose mucosa causa lesões destrutivas no nariz e na boca dos pacientes, além de ser mais resistente ao tratamento do que a apresentação cutânea da infecção, que atinge apenas a pele. 

 

“A leishmaniose mucosa ocorre geralmente em uma pequena porcentagem dos casos, mas é uma grande preocupação. A partir dos resultados deste estudo, podemos pensar que, se os pacientes estivessem livres de verminoses, eles poderiam ter uma evolução melhor da leishmaniose”, afirma o infectologista.

 

No Brasil, a leishmaniose tegumentar pode ser causada por sete espécies de parasitas do gênero Leishmania. Entre elas, a Leishmania braziliensis é a mais comum e a única encontrada no Rio de Janeiro. Além disso, enquanto algumas espécies provocam apenas a forma cutânea da doença, a L. braziliensis é o parasito mais frequentemente associado às lesões mucosas. 

 

Dados do Ministério da Saúde mostram que, de 2004 a 2013, o estado do Rio de Janeiro registrou 1.292 casos humanos de leishmaniose tegumentar, com 146 da apresentação mucosa, o que representa 11% do total.

Precisamos mesmo tomar remédio contra vermes todos os anos?

Muitas pessoas acreditam que é importante tomar remédios contra vermes ao menos uma vez ano. No entanto, esse tratamento periódico não é indicado para a população em geral, apenas em algumas comunidades, sendo uma estratégia mais interessante do que a pesquisa de parasitas nas fezes seguido do tratamento dos casos positivos.

 

A Organização Mundial de Saúde recomenda o tratamento periódico de pessoas expostas a um maior risco de parasitoses que estejam vivendo em áreas de maior prevalência. Este grupo de risco inclui crianças de 1 a 14 anos de idade e trabalhadores com riscos ocupacionais como mineradores e alguns trabalhadores do campo. Pessoas em áreas com prevalência de parasitoses acima de 20% devem receber tratamento anualmente e se a prevalência for maior que 50% elas devem receber tratamento a cada 6 meses.

 

Como já conseguimos entender até aqui, o quadro clínico é extremamente variável. Pode apresentar-se como uma infestação assintomática ou com sintomas como perda de apetite, prurido anal, fadiga, irritabilidade, náuseas, vômitos, dor abdominal (desconforto leve ou cólicas intensas), distensão abdominal e diarreia. Tem-se também formas graves com desnutrição, anemia, sintomas respiratórios e até mesmo óbitos causados por parasitoses.

Como prevenir essas doenças?

Devemos lembrar dos cuidados para prevenir a ocorrência destas doenças. São importantes medidas a serem tomadas:

 

  • Utilizar água filtrada, tratada quimicamente com hipoclorito de sódio ou fervida.
  • Lavar frequentemente e de forma adequada as mãos.
  • Não andar descalço em locais onde possa ocorrer a presença de parasitas.
  • Lavar as frutas, legumes e verduras antes do uso.
  • Evacuar em local apropriado e manter as instalações sanitárias limpas.
  • Manter os alimentos, depósitos de água e lixeiras cobertos.
  • Preferir alimentos cozidos.

Quando eu realmente preciso tomar um vermífugo?

Os médicos especialis têm várias formas de chegar ao diagnóstico a depender da parasitose que se suspeita. Os exames podem incluir pesquisa de parasitas ou de antígenos nas fezes, método de Graham (método da fita adesiva) ou biópsias do trato gastrointestinal em exames endoscópicos.

 

Como citado anteriormente, uma vez indicado o tratamento, você terá a disposição algumas opções de antiparasitários como:

 

  • Nitazoxanida
  • Albendazol
  • Secnidazol
  • Metronidazol
  • Mebendazol
  • Tinidazol
  • Ivermectina.

 

Estes medicamentos costumam ser bem tolerados, embora possam causar efeitos adversos como:

 

  • Dor abdominal
  • Dor de cabeça
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Gosto metálico na boca
  • Tonteira
  • Dor muscular
  • Coloração amarelada ou esverdeada em urina ou esperma.

Durante o uso do metronidazol não devem ser consumidas bebidas alcoólicas. Por fim, deve-se ressaltar que estes medicamentos podem estar contraindicados para gestantes (principalmente no primeiro trimestre de gestação) e lactantes.

Como se descobre que uma criança tem verme?

A forma mais comum de se descobrir a presença de vermes ou parasitas no intestino das crianças é na observação das fezes. Na maioria das vezes, eles são visíveis a olho nu. Entretanto, em alguns casos, exames microscópicos podem identificar os ovos nas amostras fecais.

 

É fundamental que logo após a comprovação do diagnóstico, o tratamento seja realizado, pois a presença das parasitoses está intimamente relacionada ao déficit no desenvolvimento cognitivo e físico dos pequenos, além de proporcionar problemas como a desnutrição. Estudos científicos mostram que crianças com esses parasitas desenvolveram redução no peso e na altura.

Como evitar o contágio delas por vermes?

Como a maioria dos vermes é de fácil contágio, algumas dicas podem aumentar a segurança são:

 

  • Sempre lavar bem as mãos com sabonete antes e após a troca de fraldas.
  • Sempre se atentar à procedência dos alimentos e cozinhá-los muito bem antes de oferecer à criança, principalmente vegetais folhosos e carne de porco.
  • Quando consumir frutas, verduras e outros alimentos crus, use água potável na sua lavagem.
  • Alguns especialistas também indicam a higienização com hipoclorito de sódio.
  • Somente ofereça à criança água filtrada ou fervida.
  • Atente-se à limpeza da casa e, principalmente, do quartinho do bebê.
  • Se você possui bichos de estimação, não deixe que seu filho se aproxime do cocô.
  • Incentive seu pequeno a, desde muito cedo, lavar as mãos.
  • Esse hábito não deve ser rotina somente antes de fazer as refeições, porque são muitas as vezes que ele as levará até a boca.

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Conseguiu tirar todas as suas dúvidas sobre os vermes? Ainda gostaria de saber algo mais? Comente conosco no box abaixo que teremos o maior prazer em interagir com você!

Redação CliqueFarma

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