Trouxemos este artigo hoje para falar de duas condições que apesar de nomes e sintomas similares são diferentes entre si, a artrite e a artrose. Vamos falar sobre cada uma, suas principais causas, sinais e tratamentos e as diferenças que elas apresentam. Confira até o final.
Artrose- o que é?
A artrose, também conhecida por osteoartrite, é uma doença que ataca as articulações ocasionando, principalmente, o desgaste da cartilagem que recobre as extremidades dos ossos, mas que também danifica outros componentes articulares como os ligamentos, a membrana sinovial e o líquido sinovial.
A cartilagem das articulações tem a função de promover o deslizamento, sem atrito, entre duas extremidades ósseas durante o movimento. Ao estar comprometida pode gerar dor, inchaço e limitação funcional. Apesar de conseguir danificar qualquer junta do corpo, a artrose afeta mais comumente as articulações das mãos, da coluna, joelhos e quadris.
Essa condição piora progressivamente com o tempo, e não existe cura. Mas os tratamentos podem retardar sua progressão, aliviar a dor e melhorar a função articular.
Dados estatísticos sobre artrose no Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, a artrose atinge 15 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a artrose é a quarta doença que mais reduz a qualidade de vida para cada ano vivido.
Quais as causas da artrose?
Existem dois tipos de artrose, a primária e a secundária.
Artrose primária
A artrose primária ocorre principalmente devido ao uso excessivo de uma articulação, mas também pelo envelhecimento natural do indivíduo. O uso repetitivo das articulações ao longo dos anos causa danos à cartilagem, o que leva a dor nas articulações e inchaço.
Com o passar dos anos, o fluído que existe entre as articulações (líquido sinovial) se degenera, assim como a cartilagem que recobre esse líquido, chamada de membrana sinovial. O uso repetitivo das articulações ao longo dos anos causa danos à cartilagem, que leva a dor nas articulações e inchaço.
Quando a artrose está em estágio avançado, ocorre uma perda total da cartilagem que envolve as extremidades ósseas nas articulações. Isso provoca o atrito direto entre os ossos, causando dor e limitação da mobilidade articular.
Danos à cartilagem também pode estimular calcificações em alguns pontos em torno das articulações, formando os osteófitos, que são também chamados de bicos de papagaio quando acometem a coluna.
O fato de a artrose primária frequentemente ser encontrada em vários membros da mesma família, sugere que ela possa ter características hereditárias.
Artrose secundária
A artrose secundária é uma consequência de doenças ou condições que a pessoa tenha.
Problemas que podem levar a artrose secundária incluem obesidade, trauma repetido ou cirurgia das estruturas articulares, articulações anormais no nascimento (anomalias congênitas), gota, artrite reumatoide, diabetes e outros distúrbios hormonais.
Quais os fatores de risco?
Os principais fatores de risco para artrose são:
- Idade avançada: o risco de artrose aumenta com a idade
- Sexo: mulheres são mais propensas a desenvolver artrose, embora não seja claro o porquê
- Deformidades ósseas: algumas pessoas nascem com articulações malformadas ou cartilagem defeituosa, o que pode aumentar o risco de osteoartrite
- Lesões nas articulações: ferimentos que acontecem na prática de esportes ou em acidentes, por exemplo, podem aumentar o risco de artrose
- Obesidade: carregar mais peso corporal coloca pressão adicional sobre as articulações que suportam o peso, como joelhos
- Certas profissões: se o seu trabalho inclui tarefas que envolvem esforço repetitivo em um conjunto particular, essa articulação pode, eventualmente, desenvolver artrose. Alguns exemplos são pedreiros ou atletas
- Outras doenças: diabetes, hipotireoidismo, gota ou doença de Paget do osso podem aumentar o seu risco de desenvolver artrose
Quais os sintomas?
Como já conseguimos estabelecer até agora, a artrose é uma doença das articulações. Ao contrário das formas de artrite, tais como artrite reumatoide e lúpus sistêmico, a artrose não afeta outros órgãos do corpo.
- O sintoma mais comum da artrose é a dor nas articulações afetadas. A dor articular geralmente piora no final do dia.
- Inchaço, calor, rangidos e limitação dos movimentos nas articulações afetadas também são sintomas comuns.
- Rigidez articular também pode ocorrer após longos períodos de inatividade, por exemplo, quando o indivíduo permanece sentado em uma cadeira.
Vale ressaltar que a intensidade dos sintomas da artrose varia muito de paciente para paciente. Algumas pessoas podem ficar debilitados por seus sintomas. Por outro lado, outros podem ter poucas manifestações, apesar de degeneração das articulações observada na radiografia.
Os sintomas também podem ser intermitentes. Não é incomum para os pacientes com artrose das mãos e dos joelhos passar anos sem apresentar sintomas.
A artrose do joelho é frequentemente associada com obesidade, histórico de lesões repetidas e/ou cirurgia articular. Nesta parte do corpo, a artrose pode levar a desvios chamados popularmente de pernas em alicate, quando o desvio é para fora, ou joelhos em “X”, quando o desvio é para dentro.
A artrose da coluna vertebral causa dor no pescoço, no dorso ou na região lombar. Os bicos de papagaio que se formam ao longo da espinha podem irritar os nervos espinhais, causando dor, dormência e formigamento nos membros superiores ou nos membros inferiores, dependendo da sua localização.
Quando afeta os dedos das mãos, a artrose provoca a formação de nódulos duros nas pequenas articulações, causando deformações. O surgimento desses nós nos dedos auxilia no diagnóstico de artrose.
Quando procurar um médico?
Você deve procurar um médico ortopedista quando sentir dores com queimação e inchaço em uma articulação, principalmente se for mais velho ou possuir outro fator de risco para a artrose.
Lembrando que dentro da ortopedia é muito comum médicos especialistas em cada articulação como joelho, ombro e quadril. Portanto, se o problema for localizado, um especialista poderá ajudar muito.
Claro que, se as queixas forem em várias articulações, principalmente acometendo mãos e pés, procure um reumatologista, pois as chances de se tratar de uma reumatismo são maiores.
Caso a sua primeira consulta tenha sido com um clínico geral, ele pode encaminhar você para um ortopedista ou reumatologista dependendo do caso.
Gostamos de lembrar nossos leitores que estar preparado para a consulta pode otimizar o tempo e ajudar no diagnóstico. Seguem algumas informações que você já pode levar por escrito para a consulta:
- Descrições detalhadas de seus sintomas
- Informações sobre problemas de saúde que você teve
- Informações sobre os problemas de saúde de seus pais ou irmãos
- Todos os medicamentos e suplementos que você toma
- Perguntas que você quer fazer ao médico
Esteja também preparado para responder certas perguntas do médico, tais como:
- Quando foi que sua dor nas articulações começou?
- A dor é contínua, ou vai e vem?
- Quais atividades em particular podem fazer a dor melhor ou pior?
- Alguma vez você lesionou essa articulação?
Diagnosticando a artrose
Durante o exame físico, o médico irá examinar de perto a sua articulação afetada, verificando sensibilidade, inchaço ou vermelhidão. Ele também irá verificar a amplitude de movimento da articulação. Também podem ser recomendados exames de imagem e de laboratório.
Principais exames
Detalhes da articulação afetada podem ser obtidas por meio dos seguintes exames de imagem:
- Raio X: embora a cartilagem não apareça no raio-x, a perda é revelada por um estreitamento do espaço entre os ossos em seu conjunto. Um raio-X também pode mostrar osteófitos em torno de uma articulação.
- Ressonância magnética: o exame utiliza ondas de rádio e um forte campo magnético para produzir imagens detalhadas dos ossos e tecidos moles, incluindo cartilagem. Isso pode ser útil para determinar exatamente o que está causando sua dor.
Testes de sangue ou do líquido sinovial pode ajudar a formar o diagnóstico:
- Exames de sangue: eles podem ajudar a excluir outras causas de dor nas articulações, como a artrite reumatoide.
- Análise do líquido articular: é usada uma agulha para extrair o líquido para fora da articulação afetada. O fluído então é examinado e pode determinar se há inflamação e se a dor é causada por gota ou uma infecção.
Qual o tratamento?
Sabemos que não há cura conhecida para a artrose, mas os tratamentos podem ajudar a reduzir a dor e manter o movimento e função articular.
Medicamentos
É possível aliviar os sintomas da artrose com alguns medicamentos, dentre eles, podemos citar:
- Analgésicos simples: podem aliviar a dor, mas não reduz a inflamação. Demonstrou ser eficaz para pessoas com artrose que têm uma dor leve a moderada
- Anti-inflamatórios não esteroides: podem reduzir a inflamação e aliviar a dor. No entanto, eles podem causar efeitos colaterais como dores de estômago, zumbido nos ouvidos, problemas cardiovasculares, lesões no fígado e nos rins. As pessoas mais velhas têm maior risco de complicações
- Narcóticos: esses tipos de medicamentos geralmente contêm ingredientes similares à codeína, e podem proporcionar alívio da dor na artrose mais grave. Estes medicamentos mais fortes carregam um risco de dependência, apesar de ser considerado pequeno. Os efeitos colaterais podem incluir náusea, constipação e sonolência.
Terapias
A abordagem combinada para o tratamento muitas vezes funciona melhor. O seu médico poderá sugerir:
- Fisioterapia: o fisioterapeuta deverá criar uma série de exercícios individualizados que irá fortalecer os músculos ao redor da articulação acometida, aumentar a amplitude de movimento e reduzir a dor.
- Terapia ocupacional: um terapeuta ocupacional pode ajudar você a descobrir maneiras de fazer as tarefas diárias ou fazer seu trabalho sem estressar suas articulações já dolorosas.
Infiltrações
Se os tratamentos mais comuns não ajudarem, você pode considerar outros procedimentos, tais como:
- Injeções de cortisona: injeções de medicamentos corticosteroides podem aliviar a dor articular. Durante esse procedimento, o médico anestesia a área em torno da sua articulação, em seguida, coloca uma agulha dentro da articulação e injeta medicação. O número de injeções de cortisona que você pode receber a cada ano é limitado, porque a medicação pode agravar lesões articulares ao longo do tempo
- Injeções de ácido hialurônico: as injeções de derivados de ácido hialurônico podem oferecer alívio da dor, fornecendo algum amortecimento em sua articulação. Esses agentes são semelhantes a componentes encontrados normalmente em seu líquido articular.
Cirurgias
- Realinhamento dos ossos: durante um procedimento cirúrgico chamado de osteotomia, o cirurgião realiza um corte no osso para realinhar o membro afetado. A osteotomia pode reduzir a dor articular, deslocando o peso do corpo para longe da parte desgastada.
- Substituição da articulação: na cirurgia de substituição articular (prótese ou artroplastia), o cirurgião remove as superfícies articulares danificadas e as substitui por dispositivos de plástico e de metal, conhecidos como próteses. Quadril e joelho são as articulações mais comumente substituídas. Riscos cirúrgicos incluem infecções e a formação de coágulos dentro das veias, a trombose. Além disso, as articulações artificiais podem desgastar ou se soltar ao longos dos anos, requisitando uma nova substituição.
Principais medicamentos
Os medicamentos mais usados para o tratamento de artrose são:
- Artoglico
- Artrolive
- Artrosil
- Bioflac
- Ceftriaxona Dissódica
- Ceftriaxona Sódica
- Cetoprofeno
- Condroflex
- Dexalgen
- Diclofenaco Colestiramina
- Dolamin
- Feldene
- Infralax
- Meloxicam
- Meticorten
- Nimesulida
- Prednisolona
- Prednisona
- Tandrilax
Lembrando sempre que quaisquer medicamentos devem ser prescritos por um médico, a automedicação é muito perigosa! Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Como conviver com artrose?
Faça exercícios
Tanto a fisioterapia quanto a prática de exercícios ajudam a prevenir a perda ou a limitação do movimento articular, a atrofia e a fraqueza muscular e a instabilidade das articulações. Músculos mais fortes ajudam a proteger a articulação.
Deve-se priorizar exercícios com menor grau de impacto articular e voltados para fortalecimento muscular e alongamentos, sempre acompanhado por profissionais da área e observando as limitações individuais.
No início, a reabilitação pode ser feita com exercícios isométricos (feitos com a contração muscular sem o movimento do membro) e, posteriormente, com exercícios isotônicos (que envolvem a mesma contração muscular, mas agora com o movimento), introduzindo lentamente exercícios com carga.
Após um período de 12 a 16 semanas, dependendo da evolução de cada paciente, é possível iniciar exercícios de fortalecimento.
Repouse
Uma boa rotina de sono é fundamental para o bom controle sintomático da artrose. Todavia, você pode sentir dificuldades para dormir por conta das dores, ficando com o sono irregular ou então demorando muito tempo para adormecer.
Em ocasiões como essa, pode se fazer necessário um cochilo da tarde, que não deve exceder o período de uma hora para não atrapalhar o processo fisiológico natural.
Tenha um controle sobre seu peso
Manter um peso adequado é fundamental para quem tem artrose, principalmente nos joelhos. O sobrepeso por si pode causar uma sobrecarga mecânica, e acelerar o processo de degeneração das articulações – contribuído para a piora do quadro.
Mudanças podem ter que ser feitas
Com a progressão dos sintomas, pode ser difícil praticar algumas atividades simples, como abotoar uma camisa ou até mesmo girar uma maçaneta. Por isso, é importante ficar atento e fazer pequenas modificações na mobília da casa e outros objetos para facilitar o máximo suas atividades e aliviar as dores. Algumas mudanças que podemos mencionar são:
- Substituir maçanetas e torneiras arredondadas por aquelas em forma de cabo, que facilitam o movimento.
- Usar velcro em vez de botões nas roupas.
- Usar um carrinho para carregar objetos pesados.
- Usar adaptadores em utensílios manuais, como garfos e facas. Você pode forrá-los com aqueles espaguetes usados na piscina, basta introduzir o objeto dentro do espaguete e descascá-lo até que ele chegue ao diâmetro ideal para a pegada.
- Usar escovas de dente e facas elétricas.
- Colocar barras no banheiro.
- Evitar uso de tapetes.
- Evitar sabonetes em barra, que podem cair no chão com mais facilidade.
Evite passar muito tempo na mesma posição
Se você já sabe que irá ficar sentado por muito tempo, faça paradas ou levante-se do assento em alguns momentos, e enquanto estiver sentado procure movimentar e alongar as mãos, braços, pernas e pés.
Se você trabalha em um escritório, por exemplo, procure alongar-se de tempos em tempos.
Tome as medicações indicadas pelo médico
O tratamento deve ser rigorosamente seguido, afinal, do contrário você pode ter que enfrentar uma evolução da doença, e consequente destruição articular. O acompanhamento profissional periódico com adequação de medicações também faz parte do tratamento.
Vale lembrar que, com o avanço das pesquisas e das novas tecnologias, os pacientes cada vez mais levam uma vida normal sem nenhuma limitação – entretanto, nada disso vale se você não seguir as recomendações médicas e tomar seus remédios à risca.
Peça ajuda se e quando precisar
A ajuda – e o carinho – que um amigo, um familiar ou mesmo um cuidador pode te dar é essencial. Todos que convivem com uma pessoa que tem artrose devem se esclarecer sobre as possíveis limitações causadas pela doença e, portanto, melhorar o convívio.
Sinta-se confortável em solicitar a ajuda de outros sem sentir constrangimento, pois a exigência de ser independente, às vezes, pode ser excessiva e acabar em frustração.
Existem complicações?
As complicações que podem resultar do avanço da artrose são:
- Reações adversas aos medicamentos usados no tratamento
- Redução da capacidade de realizar tarefas cotidianas, como higiene pessoal, tarefas domésticas ou cozinhar
- Redução da capacidade de andar
- Complicações cirúrgicas
Dica de prevenção
A artrose primária não pode ser prevenida, uma vez que é reflexo da degeneração articular que acontece com o tempo. Já no caso da artrose secundária, medidas como controle adequados das doenças e perda de peso podem ajudar na prevenção.
Falando sobre a artrite
Artrite é a inflamação em uma ou mais articulações, que são as “juntas” entre dois ossos.
Existem mais de 100 tipos diferentes de artrite e suas causas são diversas.
Tipos
Os principais tipos de artrite são a artrite reumatoide e a osteoartrite (que já falamos acima: a artrose).
Outros tipos mais comuns podem incluir:
- Espondilite anquilosante
- Artrite gonocócica
- Gota
- Condrocalcinose
- Artrite reumatoide juvenil (em crianças)
- Outras infecções por bactéria (artrite bacteriana não gonocócica)
- Artrite psoriática
- Artrite reativa (síndrome de Reiter)
- Esclerodermia
- Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
- Febre reumática.
Quais as causas da artrite?
A inflamação nas articulações pode ser decorrente de:
- Doença autoimune
- Trauma
- Desgaste geral das articulações
- Infecção, geralmente por bactéria ou vírus
- Depósito de cristais (metabólica).
A artrite pode resultar em lesão da cartilagem (um tecido que protege a articulação, permitindo que ela se mova suavemente além de absorver choques entre os ossos), dos ossos locais, da cápsula articular e ligamentos. Quando sua causa é tratada a tempo a articulação volta ao normal. Dependendo da causa isso nem sempre ocorre. Nesses casos, o paciente é diagnosticado com artrite crônica.
E os fatores de risco?
Assim como vimos na artrose, alguns fatores são considerados de risco para o surgimento da artrite. Conheça:
- Histórico familiar: algumas famílias têm tendência genética à condição.
- Idade: o risco de artrite aumenta com a idade do indivíduo.
- Gênero: mulheres têm mais chances de desenvolver artrite do que homens
- Lesões: pessoas que tiveram lesões em articulações anteriormente também têm mais chances de desenvolver artrite no futuro
- Obesidade: o excesso de gordura no corpo aumenta a pressão sobre as articulações, principalmente nos joelhos e no quadril.
Sintomas de Artrite
Os principais sintomas da artrite costumam seguir um padrão, apesar dos vários tipos diferentes que existem da doença. Eles são:
- Dor nas articulações.
- Inchaço nas articulações
- Redução na capacidade de movê-las.
- Vermelhidão da pele ao redor da articulação.
- Rigidez, especialmente pela manhã.
- Aquecimento ao redor da articulação.
Quando procurar um médico?
Busque ajuda médica se sentir os sintomas acima, especialmente se:
- Tiver dor persistente na articulação por mais de três dias.
- Tiver dor aguda e inexplicável na articulação.
- Sua articulação afetada estiver significantemente inchada.
- Você tiver dificuldades para movimentar a articulação.
- Sua pele ao redor da articulação estiver avermelhada ou quente.
- Você tiver febre ou tiver perdido peso involuntariamente.
É importante procurar um médico ou médica especialista em articulações (reumatologista). Descreva todos os seus sintomas e conte sobre o seu histórico de lesões. Aproveite a consulta para tirar todas as suas dúvidas.
Assim como na artrose, esteja preparado, também, para responder às perguntas do médico. Veja alguns exemplos do que ele pode lhe perguntar:
- Quando os sintomas começaram?
- Atividade física ajuda a melhorar as dores ou só as fazem piorar?
- Sua família tem histórico de artrite ou de outras doenças nas articulações?
- Você sente dores em uma ou em mais de uma articulação?
- Você apresentou dor na coluna? (A coluna é constituída de várias articulações)
- Você teve febre? Está se alimentando? Está emagrecendo?.
Diagnosticando a artrite
Primeiramente,será feito um exame físico para identificar os locais de dor. Nele, o paciente deverá movimentar as articulações para ver se há alguma lesão.
Em seguida, o médico poderá solicitar alguns exames específicos, como:
- Exame de sangue
- Exames de imagem, como raios-X, tomografia computadorizada, exame de ressonância magnética e ultrassom para identificar as articulações doentes
- Artroscopia, um exame específico para artrite.
Tratando a artrite
O principal objetivo do tratamento de artrite é diminuir a dor do paciente e evitar maiores danos no futuro, melhorando as funções das articulações.
O tratamento específico vai depender da causa da artrite. Em geral, assim como na artrose, ele é feito por medicamentos, como analgésicos, drogas antirreumáticas, corticoides e imunossupressores; por fisioterapia, em que são prescritos exercícios que ajudam a recuperar a função das articulações; e eventualmente por cirurgia como um último recurso, para reconstruir as articulações afetadas ou substituí-la por outra.
Aliada a esse tratamento, uma mudança no estilo de vida deve acontecer também para que o tratamento tenha mais sucesso.
Principais medicamentos para artrite
Os medicamentos mais usados para o tratamento de artrite são:
- Advil
- Androcortil
- Bepeben
- Beserol
- Cataflampro
- Ceftriaxona Dissódica
- Ceftriaxona Sódica
- Cetoprofeno
- Clindamicina
- Colchis
- Diclofenaco Colestiramina
- Diclofenaco Resinato
- Fenaflan
- Flotac
- Ibupril (cápsula)
- Meticorten
- Nimesulida
- Paracetamol
Qual o prognóstico de artrite?
Não adianta, mudanças no estilo de vida são fundamentais como parte do tratamento para artrite. Os exercícios podem ajudar a aliviar a rigidez, reduzir a dor e a fadiga e melhorar a força de músculos e ossos. A equipe médica pode ajudar a elaborar um programa de exercícios que seja o mais adequado para você.
Os regimes de exercícios podem incluir:
- Atividade aeróbica de baixo impacto (também chamada de “exercícios de resistência”).
- Exercícios de amplitude de movimento para adquirir flexibilidade.
- Treino de resistência para tônus muscular.
A fisioterapia provavelmente também será recomendada. Podendo incluir:
- Compressas quentes ou frias que ajudam a aliviar as dores.
- Talas ou órteses para dar suporte às articulações e ajudar a melhorar suas posições.
- Exercícios de reabilitação.
Algumas outras recomendações de tratamento para artrite incluem:
- Dormir o suficiente. Entre oito e dez horas por noite e tirar cochilos durante o dia pode ajudar na melhora da dor auxiliando na recuperação de crises agudas ou crônicas.
- Evitar ficar em uma única posição durante muito tempo.
- Evitar posições ou movimentos que exerçam força adicional sobre as articulações inflamadas.
- Modificar sua casa para tornar as atividades mais fáceis. Por exemplo, instalar corrimões no chuveiro, na banheira e perto do vaso sanitário.
- Fazer atividades que reduzam o estresse, como meditação, ioga ou tai chi chuan.
- Ter uma dieta saudável repleta de frutas e vegetais, que contenham vitaminas e minerais importantes, especialmente vitamina E.
- Comer alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, como peixes de água fria (salmão, cavala e arenque), linhaça, óleo de canola, soja, óleo de soja, sementes de abóbora e nozes.
- Aplicar cremes de pele sobre as articulações doloridas. Você deve sentir uma melhora depois de aplicar o creme entre três e sete dias.
- Se estiver acima do peso, emagreça. A perda de peso pode reduzir muito a dor nas articulações das pernas e dos pés.
Possíveis complicações da artrite
A artrite, se não for devidamente tratada, pode levar a um quadro crônico da doença. A artrite crônica, como é chamada, pode afetar as mãos e os braços, dificultando a execução de tarefas simples, como pentear os cabelos ou escovar os dentes. Quando não adequadamente tratada, a artrite pode evoluir com lesões definitivas nas articulações, afetando a execução de atividades diárias para sempre!
Artrite tem cura?
É possível um tratamento que cure completamente a artrite, dependendo da causa e do tipo da mesma.
Embora a maioria delas sejam crônicas (de longo prazo), atualmente seu tratamento evoluiu tanto, que existem medicamentos que conseguem deixá-las em remissão (adormecidas).
Por isso, é importante seguir à risca o tratamento e promover as mudanças de vida orientadas pelo médico.
E a prevenção, como funciona?
O diagnóstico precoce e o tratamento podem ajudar a evitar danos irreversíveis às articulações. Se você tem histórico de artrite na família, informe o médico, mesmo que não sinta dor nas articulações.
Evitar movimentos excessivos e repetitivos pode ajudar a proteger contra diversos tipos de artrite.
Diferenças entre artrite, artrose e tendinite
Como vimos até agora, dificuldade de movimentar os membros superiores, dores e até mesmo inchaços são sinais claros de que algo no corpo não está bem. Por mais que haja similaridade nos sintomas, é muito comum as pessoas confundirem as doenças. Por isso é importante entender as particularidades, diferenças e semelhanças entre a artrite, a artrose e a tendinite.
De uma maneira geral, bem resumida, a artrite e tendinite são inflamações, o que as distingue é o lugar onde atuam. A tendinite é a inflamação dos tendões, ou seja, da estrutura que une o músculo ao osso. Já a artrite é a inflamação das articulações, ou seja, das “juntas” entre dois ossos. A artrose, ao contrário das outras duas, não é uma inflamação, mas uma degeneração das cartilagens nas articulações, que pode virar uma inflamação.
Artrite
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória, crônica, de origem autoimune e de causa ainda desconhecida, que acomete aproximadamente 1% da população mundial. No Brasil, a estimativa é que pelo menos duas milhões de pessoas apresentem o problema, que atinge as articulações das mãos, punhos e pés, causando dores, deformidades progressivas, rigidez articular, incapacidade funcional e o desgaste ósseo.
Em alguns casos, o paciente fica incapacitado até mesmo de executar tarefas simples como escovar os dentes ou segurar um copo de água.
Artrose
A artrose ou osteoartrite é uma doença musculoesquelética caracterizada pela deterioração da cartilagem articular, levando a uma reativa formação óssea nas superfícies e margens articulares. Está associada a uma morbidade significante, sendo uma das causas mais comuns de limitação funcional e dependência. Ela afeta cerca de 20% da população mundial, com início mais comum a partir dos 40 anos de idade.
Tendinite
Já a tendinite é uma inflamação ou inchaço do tendão, estrutura fibrosa que une o músculo ao osso, e pode ocorrer em qualquer parte do corpo, todavia, os casos mais comuns são nos ombros, cotovelos, punhos, dedos, joelhos e tornozelos. O principal sintoma da doença é a dor intensa ao realizar tarefas diárias, como usar o computador e tentar alongar a parte do corpo que está com o tendão afetado.
Conseguiu tirar suas principais dúvidas a respeito dessas comorbidades? Deixe sua opinião nos comentários que será um prazer interagir com você!