Gonorreia

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Precisamos falar sobre IST’s (Infecções sexualmente transmissíveis) e a doença da vez é a gonorreia. Vamos abordar sobre o que é, quais as causas, os sintomas, como funcionam os tratamentos e como prevení-la. Acompanhe até o final para não perder nada!

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O que é gonorreia?

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae que infecta o revestimento da uretra, do colo do útero, do reto e da garganta ou das membranas que cobrem a parte frontal do olho (conjuntiva e córnea).

 

Nos Estados Unidos, o número de novos casos alcançou um pico de 464 a cada 100.000 pessoas em 1975. Em 2009, o número de novos casos caiu de 98,1 a cada 100.000 — o menor número desde que se iniciaram os registros destas informações. Contudo, o número de casos aumentou gradualmente nos anos subsequentes e, em 2016, alcançou 145,8 a cada 100.000.

 

A maior parte do aumento é devido a um aumento no número de homens diagnosticados com gonorreia. Parte da explicação pode ser que a gonorreia está se tornando cada vez mais comum em homens que fazem sexo com outros homens, mas podem haver outros fatores envolvidos.

 

O que são infecções sexualmente transmissíveis?

Segundo o Ministério da Saúde, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.

Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

O tratamento das pessoas com IST’s melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.

Vale ressaltar que, a terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa, inclusive, à morte.

Dados sobre gonorreia no Brasil

  • Casos por ano: mais de 2 milhões (Brasil)
  • Propaga-se por contato sexual
  • O tratamento é feito com auxílio médico
  • Curto prazo: resolve-se em dias ou semanas
  • Requer um diagnóstico médico
  • Sempre requer exames laboratoriais ou de imagem

Como é a propagação

  • Por sexo vaginal, anal ou oral sem proteção.
  • De mãe para bebê durante a gravidez, parto ou amamentação.

 

A gonorreia é quase sempre transmitida pelo contato sexual. Após um episódio de intercurso sexual vaginal sem preservativo, a chance de transmissão de uma mulher infectada para um homem é de cerca de 20%. A chance de transmissão de um homem infectado para uma mulher pode ser maior.

 

Se mulheres grávidas estiverem infectadas, as bactérias podem infectar os olhos do feto durante o nascimento, causando conjuntivite no recém-nascido. Porém, em países mais desenvolvidos, a infecção é prevenida porque todos os recém-nascidos são rotineiramente tratados após o parto com pomada medicada para os olhos.

 

Muitas pessoas com gonorreia apresentam outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como infecções por clamídia, sífilis ou infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Causas

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Qualquer indivíduo que tenha qualquer prática sexual pode contrair a gonorreia. A infecção pode ser transmitida por contato oral, vaginal ou anal.

 

A bactéria se prolifera em áreas quentes e úmidas do corpo, incluindo o canal que leva a urina para fora do corpo, a uretra. Pode ser encontrada também no sistema reprodutor feminino, que inclui as tubas uterinas, o útero e o colo do útero.

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E os fatores de risco?

Alguns fatores considerados de risco podem facilitar a contaminação com a bactéria causadora da gonorreia. Confira:

 

  • Pouca idade
  • Ter vários parceiros sexuais
  • Ter um parceiro com histórico de qualquer infecção sexualmente transmissível
  • Não usar camisinha durante o ato sexual
  • Uso abusivo de álcool ou de substâncias ilegais, que é um fator de risco para o sexo desprotegido.

 

Quais os sintomas?

Geralmente, a gonorreia causa sintomas somente nos locais da infecção inicial. Em poucas pessoas, a infecção também pode espalhar-se pela corrente sanguínea a outras partes do corpo, especialmente para a pele, articulações ou ambas.

 

Alguns homens (cerca de 25%) manifestam muito poucos sintomas. Os sintomas começam dois a catorze dias após a infecção. Homens sentem um leve desconforto na uretra (o tubo que leva a urina da bexiga para fora do corpo). Esse desconforto é seguido, poucas horas depois, de dor leve a intensa ao urinar, uma secreção amarelo-esverdeada de pus proveniente do pênis e uma frequente urgência em urinar.

 

O orifício na ponta do pênis pode ficar vermelho e inchar. As bactérias, por vezes, se espalham para o epidídimo (qualquer tubo enrolado no alto de cada testículo), fazendo com que o escroto inche e fique sensível ao toque.

 

Algumas mulheres (cerca de 10 a 20%) manifestam muito poucos ou nenhum sintoma. Assim, a gonorreia pode ser detectada somente durante os exames de rotina ou após o diagnóstico da infecção no parceiro do sexo masculino. Tipicamente, os sintomas não começam até pelo menos 10 dias após a infecção.

 

Certas mulheres apresentam somente um leve desconforto na área genital e uma secreção parecida com pus saindo da vagina. No entanto, outras mulheres têm sintomas mais graves, como uma necessidade frequente de urinar e dor ao urinar. Esses sintomas se desenvolvem quando a uretra também estiver infectada.

 

As bactérias comumente se propagam subindo o trato genital e infectam os tubos que conectam os ovários e ao útero (trompas de Falópio). Esta infecção, chamada salpingite, causa dor intensa na região inferior do abdômen, especialmente durante a relação sexual. Em algumas mulheres, a infecção se dissemina para o revestimento da cavidade abdominal (peritônio), causando peritonite ou doença inflamatória pélvica, que pode causar dor intensa na região inferior do abdômen. As mulheres que tiveram doença inflamatória pélvica têm risco maior de infertilidade e gravidez mal localizada (ectópica), a qual pode causar sangramento interno perigoso.

 

Às vezes, a infecção no abdômen se concentra em torno do fígado. Essa infecção, chamada peri-hepatite ou síndrome Fitz-Hugh-Curtis, causa uma dor semelhante à da parte superior direita do abdome. Ela ocorre principalmente em mulheres.

 

O sexo anal com uma pessoa infectada pode resultar em gonorreia retal. Em geral, esta infecção não causa sintomas, mas pode tornar a evacuação dolorosa. Outros sintomas incluem constipação, coceira, sangramento e uma secreção saindo do reto. A área que rodeia o ânus fica vermelha e em carne viva, enquanto as fezes se cobrem de muco e pus.

 

Quando o médico examina o reto com uma sonda (anuscópio), é possível distinguir muco e pus na parede do reto.

 

O sexo oral com uma pessoa infectada pode resultar em gonorreia na garganta (faringite gonocócica). Em geral, essas infecções não causam sintomas, mas a garganta pode doer.

Se os fluidos infectados entrarem em contato com os olhos, pode ocorrer uma conjuntivite gonocócica, que causa inchaço das pálpebras e uma secreção de pus dos olhos. Nos adultos, muitas vezes afeta um só olho. Os recém-nascidos podem ter a infecção nos dois olhos. Se a infecção não receber tratamento pode causar cegueira.

 

A gonorreia em crianças geralmente resulta de abuso sexual. Nas meninas, a área genital (vulva) pode ficar irritada, vermelha e inchada e elas podem apresentar secreção pela vagina. Se a uretra estiver infectada, as crianças, principalmente os meninos, podem ter dor ao urinar.

 

Raramente, ocorre o desenvolvimento de infecção gonocócica disseminada (síndrome artrite-dermatite). Ela ocorre quando a infecção se espalha pela corrente sanguínea para outras partes do corpo, especialmente para a pele e as articulações. As articulações ficam inchadas, com sensibilidade ao toque e extremamente dolorosas e apresentam uma limitação na mobilidade.

 

A pele por cima das articulações infectadas pode ficar vermelha e quente. As pessoas normalmente têm febre, sentem-se doentes de forma geral e desenvolvem artrite em uma ou mais articulações. Podem surgir manchas pequenas e vermelhas na pele, geralmente nos braços e nas pernas.

 

As manchas são ligeiramente dolorosas e podem estar preenchidas com pus. As infecções das articulações, corrente sanguínea e do coração podem ser tratadas, mas a recuperação da artrite pode ser lenta.

Infecção gonocócica disseminada (lesões de pele)

Artrite séptica gonocócica é uma forma de infecção gonocócica disseminada que causa artrite dolorosa. Em geral, ela afeta uma ou duas articulações grandes, como os joelhos, tornozelos, pulsos ou cotovelos. Os sintomas costumam começar subitamente. Em geral, as pessoas têm febre. Articulações infectadas ficam dolorosas e inchadas e o movimento é limitado. A pele por cima das articulações infectadas pode ficar vermelha e quente.

Como é feito o diagnóstico?

Especialistas que podem diagnosticar a gonorreia são:

 

  • Clínico geral
  • Infectologista
  • Ginecologista

Coloração de Gram

A gonorreia pode ser identificada por meio de um método simples que consiste na observação de uma amostra de secreção no microscópio. Essa técnica é chamada de coloração de Gram. Apesar de ser rápido, esse método não é o mais sensível.

 

Os exames de coloração de Gram usados para diagnosticar a gonorreia incluem:

 

  • Coloração de Gram do colo do útero em mulheres
  • Coloração de Gram do corrimento uretral em homens
  • Coloração de Gram dos fluidos em geral, dependendo da região acometida, a exemplo do líquido articular.

Exames de cultura de bactérias

As amostras para culturas, isto é, para o cultivo e identificação da bactéria em laboratório, podem resultar no diagnóstico definitivo da infecção. Geralmente, as amostras para uma cultura são colhidas do colo do útero, da vagina, da uretra, do ânus ou da garganta.

 

Os testes podem apresentar um diagnóstico preliminar em 24 horas e um diagnóstico confirmado em 72 horas. Este método é mais sensível e mais específico que os exames de coloração de Gram.

PCR

Os exames que pesquisam o DNA do gonococo são especialmente úteis para a triagem em pacientes assintomáticos, são mais rápidos do que as culturas e podem ser realizados em amostras de urina, que são muito mais fáceis de coletar do que amostras da região genital. Geralmente, são feitos pelo método de reação em cadeia da polimerase (PCR).

NAAT

Sigla para testes de amplificação de ácido nucleico, estes testes detectam, simultaneamente, gonorreia e infecção por clamídia e depois os diferencia em um teste subsequente específico. Os NAAT são bastante acurados para o diagnóstico.

Exames para outras IST’s

Se você tem gonorreia, deve fazer exames relacionados a outras infecções sexualmente transmissíveis, incluindo clamídia, sífilis, hepatite B e HIV. Se você é mulher e tem 21 anos ou mais, certifique-se de ter feito um Papanicolau recentemente. Esta também pode ser uma boa oportunidade para vacinar contra o HPV.

 

Em mais de 95% dos homens infectados e com secreção, a gonorreia pode ser diagnosticada dentro de uma hora ao se identificar a bactéria (gonococos) em amostras da secreção examinadas ao microscópio. Se a secreção for óbvia, os médicos tocam com um swab ou lâmina na ponta do pênis para coletar a amostra. Se não houver secreção óbvia, os médicos inserem um swab pequeno, de meia polegada ou mais, na uretra para coletar a amostra. Os homens não devem urinar por pelo menos duas horas antes da coleta da amostra.

 

Identificar bactérias em uma amostra de secreção do colo do útero é mais difícil. A bactéria pode ser vista em apenas cerca de metade das mulheres infectadas.

 

A amostra (da uretra ou colo do útero) também é enviada para o laboratório para cultura (para cultivar os organismos) e para outros testes. Tais testes são muito confiáveis em ambos os sexos, mas levam mais tempo do que um exame ao microscópio. Se um médico suspeitar de infecção da garganta, do reto ou da corrente sanguínea, são enviadas amostras dessas áreas para testes em laboratório.

 

Como citamos acima, podem ser feitos testes altamente sensíveis para detectar o DNA de gonococos e de clamídia (que muitas vezes também estão presentes). Os laboratórios podem testar a presença de ambas as infecções em uma única amostra. Para alguns destes testes (chamados testes de amplificação de ácido nucleico ou NAATS), são usadas técnicas que aumentam a quantidade de material genético da bactéria.

 

Como essas técnicas tornam os organismos mais fáceis de serem detectados, podem ser usadas amostras de urina. Assim, esses testes são convenientes para fazer a triagem de homens e mulheres sem sintomas ou que não estejam dispostos a coletar amostras de líquidos de suas áreas genitais.

 

Daí então, é claro que, como muitas pessoas têm mais de uma IST, os médicos podem testar amostras de sangue e fluidos genitais para investigar outras ISTs, como sífilis e infecção por HIV. Os médicos também fazem exames para detectar infecções por clamídia.

 

Se uma articulação estiver vermelha e inchada, os médicos coletam líquido da articulação usando uma agulha. O fluido é enviado para cultura e outros testes.

Triagem para gonorreia

Certas pessoas sem sintomas são triadas para gonorreia por terem características que aumentam seu risco para esta infecção.

 

Por exemplo, é feita triagem em mulheres que não estiverem grávidas se elas:

 

  • Tiverem 24 anos de idade ou menos e forem sexualmente ativas
  • Tiverem tido uma IST anterior
  • Participarem de atividades sexuais arriscadas (como ter vários parceiros sexuais, não usar preservativos regularmente ou envolver-se em trabalho com sexo)
  • Tiverem um parceiro que participe de atividades sexuais arriscadas

 

A triagem de mulheres grávidas é feita em sua primeira visita pré-natal e, se tiverem fatores de risco de infecção, novamente durante o 3º trimestre.

 

A triagem de homens heterossexuais não é feita rotineiramente, a menos que eles sejam considerados de alto risco para infecção – por exemplo, se tiverem várias parceiras sexuais, forem pacientes em uma clínica para adolescentes ou de IST ou quando eles são internados em uma instituição correcional.

 

A triagem de homens que fazem sexo com homens é feita somente se eles tiverem sido sexualmente ativos no último ano.

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E como funciona o tratamento?

  • Os antibióticos ceftriaxona mais azitromicina

 

  • Exames e tratamento de parceiros sexuais

 

Para pessoas com gonorreia, em geral, os médicos administram uma única injeção do antibiótico ceftriaxona no músculo, mais uma dose única de azitromicina para tomar por via oral. Algumas vezes, ao invés de azitromicina, os médicos receitam doxiciclina para tomar por via oral, duas vezes ao dia por uma semana.

 

Embora a ceftriaxona cure a maioria das pessoas nos Estados Unidos, a azitromicina é administrada com ceftriaxona, pois esses medicamentos podem ajudar a impedir que os gonococos se tornem resistentes ao tratamento.

 

Além disso, a azitromicina com doxiciclina matam clamídia, que frequentemente está presente em pessoas com gonorreia.

 

Se a pessoa for alérgica a ceftriaxona, ela receberá uma dose alta de azitromicina e gemifloxacino por via oral ou gentamicina injetada no músculo.

Se a gonorreia tiver se disseminado pela corrente sanguínea, as pessoas serão geralmente tratadas no hospital e receberão antibióticos por via intravenosa ou por injeção em um músculo.

 

Se os sintomas reaparecerem ou persistirem após o tratamento, os médicos podem obter amostras para cultura para determinar se a pessoa está curada e podem fazer testes para determinar se os gonococos são resistentes aos antibióticos usados.

 

As pessoas com gonorreia devem se abster de atividade sexual até o tratamento estar concluído para evitar infectar os parceiros sexuais.

Parceiros sexuais

Todos os parceiros sexuais que tiveram contato sexual com pessoas infectadas nos últimos 60 dias devem ser testados para gonorreia e outras IST’s e, se os testes forem positivos, devem ser tratados. Se os parceiros sexuais foram expostos a gonorreia nas últimas duas semanas, eles são tratados sem esperar os resultados dos testes.

 

Tratamento imediato do parceiro ou parceira é uma opção que os médicos muitas vezes usam para facilitar o tratamento de parceiros sexuais. Esta abordagem envolve dar a pessoas com gonorreia uma prescrição ou medicamentos para seu parceiro ou parceira.

 

Assim, o parceiro sexual não precisa se consultar com o médico antes de ser tratado. Fazer uma consulta é melhor porque o médico pode verificar se há presença de alergias e de outras IST’s. Contudo, se for improvável que o parceiro ou parceira procure um médico, o tratamento imediato do parceiro ou parceira é útil.

 

Tratamento para bebês com gonorreia

Em caso de bebês, rotineiramente os pediatras aplicam um medicamento imediatamente após o parto nos olhos do recém-nascido para evitar infecção. Se ainda assim o bebê desenvolver a infecção, poderá ser tratado com antibióticos também.

Medicamentos para Gonorreia

Os remédios mais usados para o tratamento de gonorreia são:

 

 

Lembrando sempre de avisá-los que, somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento.

 

Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Gonorreia tem cura?

A gonorreia que ainda não se espalhou costuma ter um tratamento tranquilo com antibióticos. No entanto, a Organização Mundial da Saúde tem alertado sobre uma nova bactéria causadora da gonorreia, mais resistente a antibióticos.

 

No Brasil, a gonorreia ainda não pode ser considerada como super-resistente. Mas é preciso atenção, uma vez que, por ano, são registrados em torno de 500 mil casos no país. Por isso, o ideal é preveni-la.

Possíveis complicações

Gonorreia, quando não tratada, ou quando ocorrem repetidos episódios, pode levar a complicações mais graves, tais como:

Infertilidade

A doença pode se espalhar pelo útero e pelas tubas uterinas, causando inflamação nestes e nos demais órgãos genitais internos femininos, conhecida como DIP, de “doença inflamatória pélvica”.

 

Essa doença aumenta os riscos de complicações na gravidez e podem levar à gravidez fora do útero e, também, à infertilidade. Recomenda-se tratamento imediato para DIP.

 

Já no pênis, a gonorreia não tratada pode causar epididimite, uma doença que leva à inflamação no reservatório de esperma que fica junto ao do testículo.

 

A epididimite, se não for tratada corretamente, pode levar à infertilidade também. Outras complicações são o estreitamento da uretra e a inflamação da próstata.

Infecções

A bactéria pode entrar na corrente sanguínea e se espalhar pelo corpo, inclusive pelas articulações. Isso pode despertar alguns sintomas característicos, como febre, feridas na pele, dores nas articulações, inchaço e enrijecimento muscular.

Risco maior para Aids/HIV

Ter gonorreia ou qualquer outra IST torna a pessoa mais suscetível ao contágio com o HIV, o vírus da imunodeficiência humana (aids).

Qual o prognóstico para gonorreia?

O prognóstico para gonorreia é quase sempre favorável. Uma infecção que não tenha se espalhado pela corrente sanguínea ou outras partes do corpo pode ser curada com antibióticos.

 

Mas até mesmo uma infecção mais grave também pode se resolver com tratamento medicamentoso. Todavia, ainda que se trate de uma doença curável, o ideal é precaver-se, optando sempre pelo sexo protegido.

Meios de prevenção

As seguintes medidas gerais podem ajudar na prevenção de gonorreia (e outras IST’s):

 

  • Uso correto e regular de preservativos
  • Evitar práticas sexuais inseguras, tais como trocar de parceiros sexuais com frequência ou ter relações sexuais com prostitutas ou parceiros que possuem outros parceiros sexuais
  • Diagnóstico e tratamento imediatos da infecção (para impedir a transmissão para outras pessoas)
  • Identificação dos contatos sexuais de pessoas infectadas, seguida de aconselhamento ou tratamento desses contatos

 

Não praticar sexo (anal, vaginal ou oral) é a maneira mais confiável de prevenir ISTs, mas normalmente, inviável e fora da realidade.

Qual a diferença entre clamídia e gonorreia?

Tanto a clamídia quanto a gonorreia são infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde. Como dito, a gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os olhos.

 

Quando não tratadas, ambas as doenças podem causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde.

 

A principal diferença entre as doenças é o tipo de bactéria de cada uma. A clamídia é causada pela Chlamydia trachomatis. Essas bactérias também são capazes de infectar as membranas que cobrem a parte branca dos olhos (conjuntiva) e a garganta. Outras bactérias, como Ureaplasma e Mycoplasma, também podem causar infecções da uretra.

 

As duas estão comumente relacionadas, causam os mesmos sintomas e seguem as mesmas linhas de tratamento, assim como necessitam das mesmas medidas de prevenção. Portanto, nós do Cliquefarma incentivamos a todos nossos leitores a se cuidarem e se protegerem dessas doenças!

 

Se você ainda tem qualquer dúvida sobre a doença, comente abaixo que teremos o maior prazer em lhe ajudar!

Redação CliqueFarma

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