Fluconazol

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Fluconazol impede o crescimento de fungos por inibir que esses microrganismos sintetizem compostos (esteroides) necessários à sua sobrevivência.

É bem absorvido por via oral (engolido) e atinge os níveis no sangue de meia hora a 6 horas.

O tempo médio para início do alívio dos sintomas após a administração de dose única oral de fluconazol para o tratamento da candidíase vaginal é de 1 dia. A variação do tempo para início do alívio dos sintomas é de 1 hora a 9 dias.

Fluconazol é indicado para quais casos?

Fluconazol é indicado para o tratamento de Candidíase vaginal (infecções da vagina causadas por fungos do gênero Candida) aguda e recorrente (de repetição), como profilaxia (prevenção) para reduzir a candidíase vaginal recorrente (3 ou mais episódios por ano), balanite por Candida (infecção fúngica da região conhecida popularmente como “cabeça do pênis”) e dermatomicoses (infecções fúngicas na pele e nos seus anexos, por exemplo, unha, conhecidas popularmente como micoses) como: Tinea pedis, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea unguium (onicomicoses) e infecções por fungos do gênero Candida.

Contra-indicação do Fluconazol

Fluconazol não deve ser utilizado se você tem hipersensibilidade (alergia) ao fluconazol ou a compostos azólicos (classe química do fluconazol) ou ainda, a qualquer componente da fórmula.

Como tomar Fluconazol?

– Adultos: A infusão intravenosa contínua deve ser feita com velocidade máxima de 200 mg/hora.

– Crianças: A infusão intravenosa contínua deve durar no mínimo 2 horas.

– Quando em casos de pacientes imunocomprometidos, a duração de tratamento pode ser mais longa, cerca de 14 dias.

– Récem-nascidos (mais de 2 semanas): A administração deve ser a cada 72 horas. Quando o tempo de vida é de 2 a 4 semanas, administra-se a cada 48 horas.

EM ADULTOS:

Tratamento de candidíases em Adultos

– Candidíase vaginal: 150 mg, em dose única. Via oral.

– Candidíase urinaria: 200 mg, uma vez ao dia. Via oral.

– Candidíase vaginal recorrente: 100 mg, em dose única semanal, por 6 meses.

– Candidíase pulmonar: 100 mg, por 7 a 14 dias, uma vez ao dia.

– Candidíase mucosa (exceto vaginal): 50 mg, por 7 a 14 dias, uma vez ao dia.

– Candidíases invasivas: 400 mg iniciais e 200 mg ao dia em infecções invasivas, aumentando para 400 mg diários, se preciso.

Tratamento de criptococoses em Adultos

– Criptococose não-meníngea (uma vez ao dia): 400 mg, por 10 semanas.

– Meningite criptococica (tratamento): dose inicial de 400 mg, seguida de 200 mg, por 6 a 8 semanas, uma vez ao dia. Via oral ou intravenosa.

– Prevenção de recidiva de meningite criptococica em portadores de HIV: 100 a 200 mg ao dia, por infusão intravenosa ou 200 mg, por via oral, uma vez ao dia.

Tratamento de coccidioidomicoses em Adultos

– Meningite (primeira opção): 400 a 800 mg, uma vez ao dia, por 9 a 12 meses. Via intravenosa ou oral.

– Pulmonar: 200 a 400 mg, uma vez ao dia. Via oral ou intravenosa.

Tratamento de histoplasmose em Adultos

– Uma vez ao dia: 400 mg. Via oral.

Prevenção de infecções fúngicas em pacientes submetidos a transplante de medula óssea em Adultos

– Via intravenosa ou oral: 400 mg, por 7 dias.

Tratamento de dermatomicoses em Adultos

– Via oral: 50 mg, por 6 semanas no máximo, uma vez ao dia.

Tratamento de candidíases em Crianças

– Candidíase mucosa (exceto vaginal): 3 a 6 mg/kg no primeiro dia, seguidos de 3 mg/kg, por 7 a 14 dias, uma vez ao dia. Via oral ou intravenosa.

– Candidíases invasivas: 6 a 12 mg/kg, por 6 a 8 semanas. Via oral ou intravenosa. Dose máxima: 400 mg ao dia.

Tratamento de meningite criptocócica em Crianças

Via oral ou intravenosa: Dose inicial de 400 mg, seguida de 200 mg, por 6 a 8 semanas, uma vez ao dia.

Prevenção de infecções fúngicas em pacientes imunocomprometidos

– Via oral ou intravenosa: 3 a 12 mg/kg, por 7 dias.

Tratamento de dermatomicoses

– 50 mg, uma vez ao dia, até o fim da neutropenia. Via oral.

Quais as reações adversas do Fluconazol?

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):

cefaleia (dor de cabeça), dor abdominal, diarreia, náuseas (enjoos), vômitos, aumento de algumas substâncias do fígado no sangue (alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina), rash (vermelhidão da pele).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

insônia, sonolência, convulsões, tontura, parestesia (dormência e formigamento), alteração do sabor, vertigem (tontura), dispepsia (má digestão), flatulência (excesso de gases no estômago ou intestinos), boca seca, colestase (parada ou dificuldade da eliminação da bile), icterícia (coloração amarelada da pele e mucosas por acúmulo de pigmentos biliares), aumento da bilirrubina (substância produzida pelo fígado) no sangue, prurido (coceira), urticária (alergia da pele), aumento da sudorese (transpiração), erupção medicamentosa (aparecimento de lesões na pele devido ao uso do medicamento), mialgia (dor muscular), fadiga (cansaço), mal-estar, astenia (fraqueza), febre.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

agranulocitose (desaparecimento da célula de defesa granulócito), leucopenia (redução das células de defesa – leucócito – no sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), anafilaxia (reação alérgica grave), angioedema (inchaço nas partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica), hipertrigliceridemia (aumento da quantidade de triglicérides – um tipo de gordura – no sangue), hipercolesterolemia (colesterol alto), hipocalemia ( redução da quantidade de potássio no sangue), tremores, torsade de pointes, prolongamento QT (alterações do ritmo do coração), toxicidade hepática (do fígado), incluindo casos raros de fatalidades, insuficiência hepática (falência da função do fígado), necrose hepatocelular morte de células do fígado), hepatite (inflamação do fígado), danos hepatocelulares (lesões das células do fígado), necrólise epidérmica tóxica (destruição e morte de células da pele), síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e mucosa), pustulose exantematosa generalizada aguda ( aparecimento de lesões vermelhas e cheias de pús na pele), dermatite esfoliativa (descamação da pele), edema facial (inchaço no rosto), alopecia (perda de cabelo).

Pacientes portadores do vírus HIV têm mais chances de desenvolver reações na pele e alergias.

Caso apareça alguma lesão, pare de tomar o medicamento e procure o médico. O fluconazol é metabolizado (transformado para ser excretado) pelo fígado, o que aumenta os riscos de problemas nesse órgão. Se aparecerem sintomas como náuseas, vômitos e icterícia – coloração amarelada da pele – avise imediatamente o seu médico.

Quais os riscos do Fluconazol?

Necrose hepática, angioedema, leucopenia, trombocitopenia, anafilaxia, síndrome de Stevens-Johnson.

Interações medicamentosas do Fluconazol

– anticoagulantes (por exemplo, varfarina): o uso com fluconazol pode intensificar a ação dessas medicações aumentando o risco de sangramentos;

– benzodiazepínicos podem ter sua concentração no sangue aumentada, assim como seus efeitos psicomotores (na coordenação dos movimentos e no nível de consciência);

– cisaprida, astemizol, pimozida, quinidina, eritromicina e terfenadina são contraindicados para uso concomitante com fluconazol. Podem gerar alterações do ritmo cardíaco;

– celecoxibe e ciclosporina podem ter sua concentração sanguínea (quantidade da medicação no sangue) aumentada;

– tacrolimo usado com fluconazol pode resultar em nefrotoxicidade (lesões nos rins);

– hidroclorotiazida, teofilina, tofacitinibe, voriconazol, fenitoína, zidovudina, saquinavir, sirolimo, alcaloides da vinca, metadona, carbamazepina, antidepressivos tricíclicos, antiinflamatórios não esteroidais, bloqueadores do canal de cálcio, losartana, fentanila, halofantrina e outros medicamentos metabolizados (transformados) pelo fígado podem ter sua concentração sanguínea aumentada;

– ciclofosfamida usada com fluconazol pode aumentar a quantidade de creatinina (substância produzida pelo rim) e bilirrubinas (substâncias produzidas pelo fígado);

– alfentanila usada com fluconazol pode ter redução em sua eliminação;

medicamentos inibidores da HMG-CoA redutase (p. ex. sinvastatina, atorvastatina) usados com fluconazol podem aumentar o risco do paciente evoluir com dor muscular (miopatia) e morte das células musculares (rabdomiólise);

– o fluconazol aumenta o metabolismo da prednisona quando utilizados concomitantemente;

– vitamina A usada com fluconazol aumenta o risco de pseudotumor intracraniano (aumento da pressão dentro do crânio, sem lesão), que reverte com a suspensão dos medicamentos;

– rifabutina usada com fluconazol pode gerar lesões nos olhos chamadas uveítes;

– rifampicina pode reduzir a quantidade de fluconazol no sangue;

– sulfonilureias (medicamento usado para reduzir a quantidade de glicose – açúcar – no sangue) usadas com fluconazol podem ter o tempo de duração dos seus efeitos aumentados.

Não tome este medicamento com terfenadina (medicamento antialérgico), cisaprida, astemizol, eritromicina, pimozida e quinidina, porque pode ser perigoso e provocar alterações do ritmo do coração.

Por fim, as informações disponibilizadas sobre esse medicamento têm caráter informativo, não devendo ser usadas para incentivar a automedicação ou substituir a relação médico-paciente. NÃO UTILIZE REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO.

fluconazol

Categorias: Medicamentos
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