Simeticona: para que serve e como usar?

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A simeticona é um medicamento que serve para acabar com o excesso de gases no aparelho digestivo. Pode ser utilizado por adultos e por bebês e crianças, de acordo com orientação e prescrição médica.

Apesar de ser conhecido como remédio para gases, a simeticona não trata os gases, mas pode ajudar a aliviar os sintomas de forma rápida e segura. É importante entender que os gases, ou seja, o ato de soltar pum, está associado a sensação de empachamento, desconforto abdominal e cólicas intestinais frequentes e esses são sinais de que algo não está bem.

O melhor é observar e buscar avaliação médica, com o clínico geral, gastroenterologista ou pediatra, para entender a causa dos desconfortos ocasionados pelos gases. Entenda como tomar, os efeitos colaterais e como a simeticona pode ser uma aliada até mesmo para tratar a cólica em bebês.

Qual o mecanismo de ação esperado de Simeticona?

Simeticona atua no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos digestivos, levando ao rompimento das bolhas, ou à dificuldade de formação destas bolhas, ou à formação de bolhas maiores que serão facilmente expelidas.

As bolhas dos gases são as responsáveis pela dor abdominal e pela flatulência (acúmulo de gases), e a sua eliminação resulta no alívio dos sintomas associados com a retenção dos gases. Na prática, é o que faz a pessoa peidar.

Usada também como medicação auxiliar, a simeticona pode ser usada no preparo dos pacientes para exames médicos, tais como endoscopia digestiva (exame do interior do esôfago, estômago e intestino) e/ou colonoscopia (exame do interior do intestino grosso). A simeticona também é muito utilizada em pós cirurgias. A ação da simeticona é evidente entre 10 a 30 minutos após a sua ingestão.

Quais laboratórios fabricam e disponibilizam Simeticona? 

Existem diversos fabricantes para simeticona. Alguns dos mais conhecidos são:

  • Reckitt – fabricante do Luftal (remédio de referência para simeticona)
  • Biosintética
  • Cimed
  • Medley
  • União Química
  • EMS
  • Germed
  • Nova Química
  • Biolab
  • Sandoz
  • Legrand
  • Neo Química
  • Medquímica
  • Althaia

É possível encontrar esse medicamento na apresentação de comprimidos, em gotas ou cápsulas gelatinosas. As apresentações também mudam a concentração de simeticona. Geralmente os comprimidos são de 40mg, as gotas são de 75mg/ml e as cápsulas gelatinosas são as mais concentradas, podendo chegar até 125mg.

Consulte as bulas de diferentes fabricantes:

Simeticona 125mg – Genérico – Teuto
Simeticona 75mg – Genérico – Cimed
Simeticona 125 mg – Genérico – União Química
Simeticona 75mg – Genérico – Legrand

Quais as diferenças entre Dimeticona e Simeticona? 

A simeticona é a forma ativa da dimeticona. A dimeticona é um silicone fluído, muito utilizado como protetor de barreira para pele por exemplo. Já a simeticona é a sua forma ativada, contendo dióxido de silicone, utilizado como fármaco para auxiliar na eliminação de gases gastrointestinais. 

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Cólica do bebê: quais os benefícios da Simeticona? 

A simeticona geralmente é prescrita em casos de bebês que apresentam cólica intestinal. Vale lembrar que a cólica no recém-nascido é um processo fisiológico e esperado, ou seja, com ou sem medicamento o bebê irá apresentar o desconforto abdominal por imaturidade do sistema gastrointestinal. Geralmente costuma melhorar por volta dos 3 meses de vida, mas não é uma regra.

É importante ressaltar que existe no mercado farmacêutico a simeticona específica para recém-nascidos, livre de corantes e açúcar. A simeticona para bebês diminui o risco de reações alérgicas, afinal, o açúcar, por exemplo, é contraindicado até os dois anos. Quando recomendada pelo médico, o principal benefício ao usar a simeticona é o alívio da cólica e eliminação dos gases.

Todo medicamento, por mais seguro que seja, para ser usado na pediatria é preciso avaliação e orientação médica quanto a dose correta e posologia (quantas vezes ao dia).

Quais os efeitos colaterais da simeticona?

A simeticona é um fármaco que pode ser considerado seguro. A simeticona passa pelo nosso organismo e não é absorvida. Ela atua somente dentro do aparelho digestivo, e é totalmente eliminada nas fezes, sem alterações. Por esse motivo, reações indesejáveis são menos prováveis de ocorrer, mas isso não significam que são inexistentes. É importante tirar as dúvidas com o médico ou farmacêutico e ficar atento a sintomas como:

  • Eczema de contato (inflamação na pele);
  • Em casos raros: reações imediatas como urticária (alergia na pele) 

Em caso de qualquer reação após o uso do medicamento comunique o médico ou se informe com o farmacêutico. 

Se você estiver grávida ou amamentando, informe seu médico antes de usar este medicamento.

Como tomar Simeticona?

A administração deve ser somente pela via oral, não se deve fazer uso de simeticona por outras vias de administração. Geralmente a posologia varia entre 1 comprimido 4 vezes ao dia, junto das refeições.  Não ultrapassar 4 compridos. As doses podem ser modificadas a critério do médico.

Já as gotas podem ser administradas diretamente na boca ou diluídas em água ou alimento. É necessário agitar o frasco de gotas antes de usar.

Simeticona em cápsulas pode ser usado 4 vezes ao dia, após as refeições e à noite, ou quando recomendado pelo seu médico. Não é recomendado ingerir mais de 500 mg (4 cápsulas) de simeticona por dia. Lembrando que você deve engolir a cápsula, e não mastigar. As cápsulas gelatinosas são moles e fáceis de engolir. A cápsula gelatinosa, assim como o comprimido, não deve ser partida, aberta ou mastigada. 

Pode usar simeticona todos os dias? 

Não é indicado tomar simeticona todos os dias. Esse medicamento ajuda a aliviar os sintomas do desconforto abdominal causado pelos gases, mas é importante entender as causas e qual a melhor forma de tratar.

A simeticona é um medicamento e pode trazer risco à saúde se utilizada de forma inadequada, não se automedique e procure um profissional de saúde para tirar demais dúvidas. Caso precise de atendimento com mais urgência, verifique a possibilidade de realizar uma consulta sempre que necessário ou busque atendimento médico por teleconsulta. Evite a automedicação. 

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Júlia Corrêa

Júlia Corrêa

Graduada em Farmácia pela Universidade Vale do Rio Doce (Univale), de Minas Gerais, em 2010. Júlia Correa atuou em farmácias, hospitais, gestão de benefício de saúde e na indústria farmacêutica. Possui experiência como propagandista médico nas áreas de pediatria, dermatologia, infectologia e ginecologia. CRF/SP 59683

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